Apresentando o vencedor de 2 Grammy Billy Strings + membros do Shadow of Intent, Stabbing, Undeath, Carcosa e Emasculator
Nem todo ícone do underground sobrevive o bastante para reinar sobre a cripta do death metal três décadas após o início de sua carreira. Mas o Cryptopsy está provando mais uma vez por que é a banda mais vil de todas. Um ano após conquistar seu primeiro JUNO Award, os brutais canadenses estamparam a capa da Decibel, foram eleitos Artista do Mês pela Metal Injection e ainda figuraram nas paradas da Billboard com o aclamado novo álbum An Insatiable Violence.
Claro, o Cryptopsy tem mantido a blasfêmia viva desde que surgiu contorcendo-se e gritando no mundo do metal extremo com seu clássico debut. Nesta sexta-feira, a banda relança Blasphemy Made Flesh pela primeira vez desde que assinou com a Season of Mist. E para marcar essa ocasião especial, adicionaram mais um marco sangrento à sua história.
“Já faz um tempo que tocamos uma espécie de medley de Blasphemy Made Flesh ao vivo”, conta o vocalista Matt McGachy. “Mas para o 30º aniversário do álbum, queríamos fazer algo realmente especial”.
“Blasphemy Made Fresh” é um novo medley de 8 minutos que afia e reforja os ganchos cirúrgicos e os ritmos patológicos do álbum com um verdadeiro esquadrão de elite dos vocais do death metal atual:
Ben Deurr (Shadow of Intent), Bridget Lynch (Stabbing), Alexander Jones (Undeath), Johnny Ciardullo (Carcosa) e Mallika Sundaramurthy (Emasculator). Essa procissão infernal de guturais abre caminho para um solo de guitarra justo e destruidor de ninguém menos que o vencedor de dois Grammy Awards e superfã do Cryptopsy, Billy Strings.
“Ficamos super empolgados com o entusiasmo de cada convidado em participar dessa homenagem única ao primeiro clássico do Cryptopsy”, diz McGachy. “Estamos muito orgulhosos desse medley e felizes por finalmente podermos compartilhá-lo com nossos fãs, antigos e novos”.
Ouça “Blasphemy Made Fresh” no canal da Season of Mist no YouTube.
O Cryptopsy já vinha inserindo partes do primeiro álbum nos setlists desde que abriu The Book of Suffering.
“Quando montamos esse medley, fomos direto nas partes que fazem nosso sangue ferver e nossas cabeças baterem”, diz o guitarrista Christian Donaldson. “Se isso causar o mesmo efeito em outras pessoas, missão cumprida”.
As sementes de Blasphemy Made Fresh foram plantadas há alguns anos, enquanto McGachy ouvia o The Jasta Show.
“O Jamey sugeriu ao Terrance Hobbs que o Suffocation regravasse os vocais de um álbum clássico com vários convidados”, lembra ele. “Isso me inspirou a convidar alguns dos melhores vocalistas do metal extremo atual para esse medley”.
O primeiro a cravar os dentes em Blasphemy Made Fresh foi Alexander Jones, do Undeath, que rapidamente cravou sua opinião:
“’Defenestration’ é uma das cinco melhores faixas de abertura do metal de todos os tempos – discorde com a parede”, diz ele, que rasga os vocais da impiedosa “Abigor”. “O Cryptopsy é, de longe, uma das minhas bandas favoritas de death metal e tem um lugar especial no meu coração por terem sido uma das primeiras que conheci. Quando o Matt me chamou pra participar desse medley ao lado de tantos vocalistas contemporâneos que admiro, fiquei pasmo. Foi uma honra contribuir, mesmo que um pouco, para a celebração de um álbum tão marcante. Nunca vou conseguir agradecer o suficiente pela oportunidade”.
Para preencher os sulcos brutais de “Born Headless”, o Cryptopsy não precisou procurar além de seus compatriotas canadenses do Carcosa.
“O Cryptopsy faz parte da minha alma death metal canadense desde que eu era jovem”, diz o vocalista Johnny Ciardullo. “Dizer que foi uma honra cantar em uma música do Cryptopsy seria um eufemismo. Foi uma verdadeira celebração de um álbum essencial na história do metal canadense”.
Bridget Lynch destrói os riffs de “Swine of the Cross” com guturais demoníacos.
“Sou fã de brutal death metal desde a adolescência, e Blasphemy Made Flesh foi minha porta de entrada para o Cryptopsy”, diz a vocalista do Stabbing. “Acho o Lord Worm um dos vocalistas mais icônicos do gênero, então tentei fazer justiça à parte que me coube. É uma grande honra fazer parte disso”.
Se o original já era conhecido pela entrega insana, Mallika Sundaramurthy dá um verdadeiro show vocal durante a parte arrastada e brutal de “Open Face Surgery”.
“Blasphemy Made Flesh foi um álbum muito importante para mim quando comecei a ouvir brutal death metal”, diz a vocalista do Emasculator. “Eu não seria a vocalista que sou hoje sem o Lord Worm e o Cryptopsy. Fiquei extremamente honrada quando o Matt me chamou pra esse tributo. Estou empolgada demais por ter colaborado com essas lendas vivas!”.
Reunir uma matilha feroz de vocalistas do metal extremo já seria um feito memorável por si só, mas fazer justiça ao lendário solo de Blasphemy Made Flesh exigiu um toque do destino.
No ano passado, o Cryptopsy se preparava para um show quando descobriu que, naquela mesma noite, um de seus maiores fãs tocaria a poucos quilômetros dali.
“O Cryptopsy é minha banda favorita de death metal de todos os tempos”, diz William Apostol, mais conhecido como Billy Strings. “Fiquei arrasado por ter meu próprio show naquela noite, porque sempre sonhei em vê-los ao vivo. Então, achei que o melhor a fazer era enviar um bolo escrito ‘Open Cake Surgery’”.
Depois de mandar alguém de sua equipe ao stand de merch da banda, Billy recebeu um vídeo dos caras devorando o presente.
“Fiquei em choque!”, ele conta. “Fiquei muito feliz por poder prestar essa homenagem em forma de glacê – e por eles não acharem que eu sou um completo maluco”.
Mesmo seguindo caminhos musicais diferentes, quando o Cryptopsy precisou de um guitarrista convidado para tocar em “Open Face Surgery”, sabiam exatamente quem chamar.
“Claro que a resposta foi um sonoro HELL YES!”, diz Billy. “Blasphemy Made Flesh é um dos melhores álbuns da história. Esse e o None So Vile mudaram a minha vida!”.
Acostumado ao dedilhado do bluegrass, sua performance no medley é simplesmente imunda – no melhor sentido.
“Fiquei um pouco nervoso, porque fazia tempo que não tocava algo pesado, mas me senti à vontade na faixa e estou muito satisfeito com o resultado final. Contribuir para uma música do Cryptopsy é uma das coisas mais incríveis que já fiz na vida. Serei eternamente grato por essa honra”.
Billy Strings participa de Blasphemy Made Fresh cortesia da Reprise Records.
