Decapitated, a banda que no início dos 2000 chamou muita atenção de todos no mundo com lançamentos incríveis e músicas que se tornaram clássicos do cenário mais extremo Mundial, vide Spheres Of Madness, que até hoje é sempre lembrada ao citar o nome dessa banda, passou por um mal momento, nos idos de 2007, em um acidente que foi fatal para um dos membros, deixando outro em tetraplegia, até os dias de hoje, mas Vogg(guitarra), manteve a banda em pé e continuou com o nome e lançando discos.
E depois de bons lançamentos e um distanciamento do som inicial da banda, Wacław “Vogg” Kiełtyka(guitarras), Rafał “Rasta” Piotrowski(vocal), Paweł Pasek(baixo) e James Stewart(bateria) retorna com Cancer Culture, que é uma pedrada, com belíssimos riffs, super bem compostos, mostrando que Vogg está cada vez melhor, são riffs que variam partes bem diretas e nervosas, com passagens atmosféficas e com uns dedilhados muito bem encaixados, a bateria de Stewart vem sempre completando essas belas frases, o baixo de Paweł cobre tudo o que acontece de forma ímpar, como sempre aconteceu no Decapitated e se repete aqui, a cozinha da banda sempre foi maravilhosa e os vocais de Rasta são ótimos, muito modernos e bem colocados em todas as formas e músicas que não deve nada a nenhuma banda no mundo.
Agora, vamos falar das músicas, a faixa título do disco, Cancer Culture, é uma ótima música de abertura, já que From The Nothingness With Love é uma intro e logo depois da faixa título, temos os singles já conhecidos, Just a Cigarette, que é uma ótima canção, No Cure aparece também dando uma aula de como compor um bom e velho Death Metal, sem perder a nova identidade da banda e a maravilhosa Hello Death, essa que conta com a exímia Tatiana Shmailyuk do Jinjer na música e a voz dela foi uma belíssima adição à canção, sem sombras de dúvidas.
Iconoclast é mais uma faixa que deixa bem claro como o Decapitated está perfeito para o nosso tempo e ainda conta com a participação de ninguém mais, ninguém menos do que Dave Flynn, do Machine Head, no qual coloca a sua voz essa ótima composição, sendo que, pra mim, essas duas com participações, são o destaque do disco, pois as vozes dos convidados deram um tom melhor e um pouco mais épico a essas composições.
Suicidal Space Programme é uma pancada nos moldes do Decapitated, não deixa a peteca cair e Locked(a mais curta do disco), Hours As Battlegrounds(levemente mais cadenciada do disco) e Last Supper(aquela faixa clássica que tem clima de final de disco) encerram esse belíssimo lançamento da banda, que desde o seu “retorno” tem discos ímpares, mas muitos ainda não entendem que a banda transcendeu a sua fase inicial, conseguiram se reinventar e manterem a relevância conquistada por anos e anos de trabalho.
NOTA: 4 / 5