Resenha feita pelo colaborador Raphael Arízio.
Um dos artistas mais prolíficos da nossa geração, o canadense Devin Townsend, lança seu novo disco intitulado “Lightwork”, que foi escrito durante a pandemia e que representa seu atual estado de vida, pós pandemia e suas reflexões sobre o que ele e muitos passaram nesse período.
Durante sua extensa carreira, Devin sempre trabalhou da mesma maneira, mas para esse projeto sentiu a necessidade de tentar algo diferente e resolveu que teria um produtor para ajudá-lo na seleção do novo material. O escolhido foi seu amigo de muitos anos GGGarth (Richardson), que o auxiliou com suas ideias para esse difícil, mas maravilhoso processo, que envolveu esse disco.
Conceitualmente, o material de muitos artistas e bandas pós pandemia falam sobre como a sociedade lida com controle de massas e tópicos mais voltados para um nível de comunidade global. “Lightwork” também tem esses aspectos, mas de maneira mais pessoal, baseados nas experiências vividas por Devin.
Musicalmente, Townsend descreveu oficialmente o disco como “um álbum um pouco mais voltado para a ‘música‘. Um pouco mais direto e mais simples do que muito do que ele tem feito ultimamente.
Lightwork é uma jornada monumental ambiciosa e significativa, com músicas mais pops, baladas e outros sons mais diretos e também melancólicos, algo que somente um músico como Townsend poderia produzir. Como muito de seu trabalho, suas ideias se expandem a cada audição, envolvendo o ouvinte com sua técnica brilhante e suas emoções e fiolofias presentes em todo trabalho rico apresentado.
Canções como a abertura “Moonpeople”, com suas lindas melodias pop e acessíveis, o peso de “Empath”, que chega a lembrar sua antiga banda Strapping Young Lad e os vocais de “Epicloud“, além da beleza de “Vacations”, se destacam em um trabalho rico e bem variado, que vale a pena quem não é fã do artista e tiver a mente aberta de curtir um som diferente e muito bem composto desse incrível músico, que pode ser chamado de Frank Zappa do Metal.
NOTA: 4,5 / 5