Eu particularmente, até receber a promo do Distant, desconhecia completamente a banda, mas me chamou a atenção em como o texto explica o som dessa bela banda, eles falam que o Distant é um “Downtempo/DeathCore” e eu fiquei naquela, como pode?!?! Downtempo Hardcore são bandas com uma pegada muito intensa e com uma batida bem menos acelerada, com um foco em riffs mais densos, com menos velocidade, sabendo disso, eu fiquei pensando como os Holandeses do Distant conseguiram unir “rolés” tão “distantes” em seu som e pra minha surpresa, eles realmente conseguiram.
O Distant é originário de Rotterdam, na Holanda e para Heritage a banda conta com Alan Grnja (vocais), Elmer Maurits (baixo), Nouri Yetgin e Vladimir Golic (guitarras) e Jan Mato (bateria) e essa formação nos entregou um disco que é interessante demais, pois dentro do explicado acima, o Downtempo/DeathCore do Distant é estúpido, desde os primeiros riffs de Acid Rain, passando pela maravilhosa Argent Justice (que conta com 16 participações de vocalistas do Deathcore, confira os nomes aqui), A Sentence to Suffer, a faixa título Heritage, Orphan Of Blight e a ótima Human Scum mostram uma banda que sabe trabalhar magistralmente dois “estilos” tão distantes parecerem próximos, os riffs densos do Downtempo são presentes em todos os momentos, bem como a levada mais lerda e intensa e eles conseguem combinar isso muito bem com os momentos de blastbeat bem oriundos do Deathcore.
A combinação realmente funciona, mas como o Downtempo, dentro do meu gosto pessoal, é um pouco enjoativo, o disco por ter muito desse estilo, pra mim, ficou um pouco enjoativo, mas nada que tire a estúpida qualidade da banda, em unir esses sons e criar um disco tão pesado, tão estupidamente denso e também com velocidade e rispidez, uma banda que vale a pena demais ouvirmos com calma e conhecermos, pois eles irão entregar muita coisa interessante ainda esse ano.
NOTA: 3,5 / 5