A certeza da morte, a batalha pela vida, são situações que com certeza mudam muito a vida de qualquer ser humano que passa pelo mesmo e não foi diferente para Mark Whelan (guitarra e vocal) do Fuming Mouth, que no início da composição do segundo disco da banda, descobriu que estava com Leucemia mielóide aguda, que é câncer raro, do sangue e da medula óssea em que há um excesso de glóbulos brancos imaturos liberados em seu corpo e esse diagnóstico foi crucial para que Last Day Of The Sun nascesse.
Com esse background, Andrew Budwey (guitarra), Pat Merson (baixo) e James Davis (bateria), se uniram ao seu companheiro Mark Whelan e compuseram um disco totalmente dentro do Death Metal no qual a banda trabalha e nos entrega um disco com uma sonoridade densa, pesada como tem que ser, mas ao mesmo tempo, se tratando de um som mais extremo, você consegue perceber uma certa aura de esperança, ao meio de todo o desespero que é enfrentar uma doença como essa.
Caras, é um disco completo, no qual a banda vai te levar a uma viagem de luta contra uma doença muito rara e altamente letal, no qual o vocalista enfrentou e esse disco é realmente uma experiência que muda completamente depois de saber disso, as músicas começam a fazer mais sentido ao perceber isso, mesmo assim, tem momentos no qual a queda de velocidade, a entrada de alguns grooves e mesmo passagens com vocal limpo me desconectaram com a obra, que, mesmo sendo muito competente, tem essas passagens que, dentro do meu gosto, deixam a desejar. Vale a pena ouvir demais, se você é um fã de Death Metal, como eu sou, caia dentro e entenda a luta pela vida por esse álbum.
NOTA: 3,5 / 5