Meus queridos leitores, temos aqui, o que pra mim é o primeiro lançamento do ano que eu posso falar: temos um dos melhores de 2022! Caos, peso, tempo louco, vocal “de monstro”, o Meshuggah tem tudo e muito mais e Immutable só crava, mais uma vez, o nome dessa entidade(sim, pois chamar de banda simplesmente não cola), como uma das mais criativas, excêntricas e competentes bandas do cenário da música pesada mundial.
Jens Kidman(vocal), Fredrik Thordendal e Mårten Hagström(guitarras e backing vocais), Dick Lövgren(baixo) e Tomas Haake(bateria) está realmente com um tom mais denso em suas músicas, seria um disco de despedida? Não sei dizer, ainda, mas que Immutable, em todo o seu curso tem um tom de “tchau e obrigado por tudo” isso tem, as músicas conseguem, magistralmente, percorrer todas as nuances insanas no qual a banda construiu em sua carreira. As 13 ótimas faixas do disco mantém o nome do Meshuggah como uma das mais importantes do cenário e isso é inegável.
Além das maravilhosas e já conhecidas The Abysmal Eye, Light The Shortening Fuse e I Am That Thrist, a primeira faixa, Broken Cog funciona como um abre-alas caótico demais e que já se conecta na loucura de The Abysmal Eye e Light The Shortening Fuse, como uma trinca de insanidade musical fora do comum, temos também They Move Below, um épico louco de quase seus 10 minutos e instrumental, as guitarras de Thordental e Hagström nela estão simplesmente maravilhosas, todo o disco corre daquele jeito que já conhecemos do Meshuggah, tempos insamos, andamentos ainda mais loucos, mas o peso da banda aqui, a melancolia desse disco estão ainda maiores, por isso eu tenho esse sentimento de despedida, super latente em todo o álbum.
Eu realmente espero que não seja, mas Immutable, me soou demais um disco de despedida, uma última ode à loucura já conhecida ao longo da incrível carreira deles, caso realmente seja, temos aqui um exemplo de uma banda que fecha com chave de ouro o seu tempo em terra e deixa um legado imaculado e imutável para os seus fãs pelo mundo, disco perfeito e repito, aqui está um dos candidatos a melhor disco de 2022.
NOTA: 5 / 5