Vamos começar essa resenha falando uma verdade: Nita Strauss é com certeza uma incrível guitarrista, que por anos a fio esteve ao lado de ninguém mais, ninguém menos do que a lenda Alice Cooper e saiu da banda dele (mas já retornou a tocar com a “Tia Alice”) para integrar somente a banda da gigante Demi Lovato, tendo até passado pelo Rock In Rio do ano passado com a gigante do Pop. E mesmo estando nisso, ainda compôs um disco solo, muito bom, mas…

Mas aí que vem, o que eu senti de The Call of the Void, o lançamento de seu disco solo não me agradou em nada, pois, apesar de termos ótimas composições aqui, destaque disparado para a melhor Momentum, que é um absurdo de composição e atuação da grande guitarrista e temos outros bons momentos, como Digital Bullets, que conta com o vocal de Chris Motionless (vocalista do Motionless In White), The Golden Trail, que conta com a voz de Anders Fríden (In Flames), a balada instrumental Kintsugi e a música que fecha o disco Surfacing, que tem a guitarra de Marty Friedman e vejam que cito 5 músicas em um disco de 14.

As outras canções do disco pra mim pecam em um simples ponto: falta de personalidade. A cada convidado, a Nita resolveu “emular” o que aquele vocalista está acostumado a fazer e isso pra mim foi simplesmente um anticlímax monstruoso, deixando a audição do disco chata, a cada faixa (tirando as citadas acima), ficava cada vez mais difícil eu ouvir o material dela. Uma coisa é certa, Nita Strauss e uma excelente guitarrista, FATO, mas esse disco não mostra nem 5% da capacidade dela, uma grande pena.

NOTA: 2,5 / 5