“Com muito fôlego ainda”
O novão do Raven chegou às lojas e já está disponível para ocupar seu espaço de direito nas prateleiras dos fãs de heavy metal tradicional. “Metal City” não é o maior clássico dos irmãos Gallagher, mas faz frente aos lançamentos atuais e demonstrando que o Athletic Rock (se você for um fã das antigas sabe do que eu estou falando) continua firme como o aço.
De cara é preciso dizer que existem tantas músicas legais neste álbum, que é um lançamento muito sólido e a adição do novo baterista, Mike Heller, parece ter injetado um gás a mais nessa banda que nunca perde o fôlego. A produção de “Metal City” surpreendeu positivamente, pois cada nota é percebida de forma muito nítida e clara.
“The Power” abre o álbum em alta rotação e com Heller se apresentando para o serviço com muita competência. A faixa tem o DNA do Raven, com a guitarra de Mark rasgando rifes e as linhas de baixo elegantes de John Gallagher. A segunda música é bem mais conhecida, pois foi o primeiro single lançado do álbum, trata-se da faixa “Top of the Montain” e seu refrão cativante. “Human Race” começa com um rife insano e uma artilharia pesada de bateria. O castigo que sofrem os bumbos é impiedoso.
A faixa-título tem linha cadenciada com o baixo ditando o ritmo, e é encorpada com backings bem harmoniosos. O solo é um dos melhores do disco. “Battlescarred” tem linha direta e uma ponte muito concisa antes do refrão. A harmonia baixo/guitarra possui muitos detalhes, vale a pena prestar atenção, pois o arranjo merece.
“Cybertron” faz Mark Gallagher acelerar as coisas e claro que seus comparsas de banda o seguem até o limite. Hora de prestar um tributo ao inesquecível Lemmy, com a música chamada “Motorheadin’”, que faz jus ao nome. Um tijolo que no refrão tem um Q de “Aces of Spades”, que faz dessa faixa um dos grandes momentos do disco, por todas as razões possíveis.
“Not So Easy” e “Break” conseguem segurar o nível do trabalho em alta e vou reforçar mais uma vez. Que ótima produção recebeu “Metal City” pelo responsável Michael Wagner, que conseguiu captar toda a essência do som característico do Raven e coloca-la nesse disco. Fechando temos “When Worlds Collide” com outro instrumental impecável, com o todo o andamento sendo preenchido pela bateria e outro solo cheio de identidade, que só bandas com muita estrada podem se dar ao luxo de usar. E em se tratando de Raven, uma faixa com mais de seis minutos pode ser considerada como um épico.
O álbum “Metal City” não é inovador – ainda bem – e não decepciona, muito pelo contrario, ele surpreende. O Raven mostra que ainda tem muito fôlego e uma energia contagiante para continuar na ativa por muito tempo. O metal tradicional inspirado no início dos anos 80 continua mais vivo do que nunca. Confira.
Nota: 4/5
Tracklist:
- The Power
- Top of the Montain
- Human Race
- Metal City
- Battlescarred
- Cybertron
- Motorheadin’
- Not So Easy
- Break
- When Worlds Collide
Raven:
John Gallagher – Bass/Lead Vocals
Mark Gallagher – Guitars/Backing Vocals
Mike Heller – Drums
Fique ligado: