Os músicos do Repressor não estão no cenário de bobeira e estão chegando no final desse ano com um lançamento devéras interessante e necessário, Monguitê é o nome do mais recente trabalho, que será lançado oficialmente no dia 08 de Dezembro, mas a banda, pela sua Assessoria de Impresa, a incrível The Bridge Press BR, conseguimos ouvir o disco antes.

 Monguitê, vem do dialeto Mawé, da língua Tupi-Guarani e significa Amanhã e o Repressor em Monguitê vem nos convidar a uma reflexão, deveras necessária nos dias de hoje, já que, será que teremos um monguitê, ou o que esperar de monguitê?

Fazendo um Thrash/Groove Metal muito bem, o Repressor, atualmente formado por Guilherme Marchi (Guitarra e Vocal), Gabriel Russel (Bateria), Gabriel Belão (Baixo) e Caio Kattenbach (Guitarra) uma sonoridade facilmente reconhecível, mas com pequenos detalhes “aqui e ali” que, prestando atenção, você pega alguma coisa bem diferente, bem Brasileira, em suas composições e arranjos, sempre muito bem encaixados.

O disco composto por 9 faixas, nos mostra um Brasil triste e com um Monguitê bem triste, se continuarmos a trilhar esse caminho, músicas que tratam do nosso atual momento politico, com calma e inteligencia, como O Homem no Castelo de Vidro Oligarquia, músicas que fazem analogias e procuram causas e comportamentos, de nosso coletivo, de nossa sociedade, como Invisível Tamo Aí.

Todos os sons de Monguitê parecem um simples Groove Metal, mas não se enganem, as guitarras de Caio e Guilherme guardam umas passagens super Brasileiras, com passagens que remetem, mesmo que levemente, a algum baião, ou Bossa Nova, sendo que, não é tão “descarado”, então, para perceber isso, prestem bastante atenção ao conteúdo do discaço, a cozinha dos “Gabrieis” é sensacional, não deixando o peso e nem a pegada do disco cair em nenhum momento e o vocal do Guilherme é ótimo também. Com esse disco, vejo o Repressor prontinho para conquistar os palcos não somente do Brasil, como de mundo à fora, com uma música de qualidade e com uma noção ímpar do nosso país, nesse momento.

NOTA: 4 / 5