Resenha: Sepultura – Quadra (2020)
Por: José Palavecino

Tracklist:

01. Isolation
02. Means To An End
03. Last Time
04. Capital Enslavement
05. Ali
06. Raging Void
07. Guardians Of Earth
08. The Pentagram
09. Autem
10. Quadra
11. Agony Of Defeat
12. Fear, Pain, Chaos, Suffering

 

 

 

Os mestres do metal brasileiro, Sepultura, enfrentam um trabalho difícil. Depois que a formação muda na frente, as pessoas finalmente se livram dos críticos que ainda estavam chorando pelo velho cantor. O Machine Messiah, lançado em 2017, foi a gota d’água. Esse impressionante recorde mostrou mais uma vez que o Sepultura não é uma banda que escolhe fazer o mesmo truque para cada disco. Agora vem o sucessor do muito positivo Machine Messiah. O enterro mantém o nível em Quadra, lançado através da Nuclear Blast?

A nova longa duração deste quarteto é baseada na teoria do Quadrivium. O número quatro é, portanto, um pilar mais importante para este álbum. No entanto, isso não significa que o Sepultura tenha escolhido colocar apenas quatro faixas em Quadra. Neste décimo quinto conselho de estudo de brasileiros, há doze músicas na versão padrão.

A produção da Quadra estava novamente nas mãos de Jens Borgen. Este sueco já demonstrou com inúmeros álbuns que ele sabe como fazer o metal parecer extremamente extravagante. Isso é evidente imediatamente com ‘Isolation’, ‘Means To An And’ e ‘Last Time’. A fúria é boa, enquanto as partes dos corais também têm seu valor agregado. Essa combinação garante que o Sepultura seja um pouco diferente da última versão.

“Capital Enslavement” é prova de que o Sepultura não esquece as raízes brasileiras. A abertura dessa faixa está alinhada com o período Roots. “Ali”, por outro lado, mostra novamente que o Sepultura também pode lidar com mais alguns riffs. “Guardians Of Earth” é uma música que exemplifica o que é o Sepultura. A introdução com violão e bateria tribal, o thrash metal que assume, os elementos sinfônicos e o sólido solo de guitarra de Andreas Kisser garantem que essa talvez seja a obra-prima de Quadra.

No Sepultura, você sempre pode esperar uma faixa instrumental. Há mais de trinta anos, eles impressionaram com a “Inquisition Symphony” da Schizophrenia, “Kaiowas” e as mais recentes “Iceberg Dances” são exemplos de Sepultura sem voz. Desta vez, essa honra chega ao surto “The Pentagram”. Talvez isso também seja um aceno para o assunto, porque uma equipe realmente tem cinco pontos e não quatro. Aqui, o Sepultura dá uma lição sobre a embalagem instrumental do metal. O tempo está matando e as vozes não são perdidas por um segundo.

O último bloco no Quadra é introduzido pela faixa homônima. Quadra é um belo interlúdio acústico onde o metal faz eco a um violão puramente acústico. “Agony Of Defeat” é então a música misteriosa que começa como uma música pós-punk dos anos 80. A constante acumulação garante que Derrick Green possa se destacar como um cantor versátil. ‘Fear; Pain; Chaos; Suffering’ é a conclusão da Quadra. Aqui o Sepultura recebe assistência da cantora Emmily Barreto. Uma colaboração especial que também pode ser descrita como bem-sucedida.

Depois do Machine Messiah, a questão era se o Sepultura realmente havia voltado à frente. Absolutamente sim, porque Quadra é o sucessor que distingue o Sepultura como uma banda líder internacional absoluta e mais uma vez traz uma nova reviravolta ao som, o que é extremamente cativante.

Facebook: Sepultura
País: Brasil
Género: Thrash/Groove Metal
Sello: Nuclear Blast Records

PONTUAÇÃO: 9/10