“Thrash Metal de primeira linha feito no Chile”

Nota: 4/5.

Banda chilena de Thrash Metal formada em 2006 influenciada por nomes como The Haunted, Slayer Testament, mas é possível identificar semelhanças com Kreator,  e para nós, brasileiros, até mesmo algo de Korzus. Do primeiro álbum, Shoot To Kill (2012), para o segundo, se passaram 8 anos. É um longo período para uma banda que almeja a carreira internacional, mas o lado bom dessa espera é que os caras amadureceram surpreendentemente como músicos e, como banda nos oferecem um grande trabalho.

Hall Of Violence não é uma obra inovadora (termo que tenho aprendido a repudiar ultimamente), mas é extremamente bem vindo numa época em que a maioria das bandas insiste em querer “inovar” sem que tenha atingido a maturidade que o processo criativo pressupõe. Na verdade, trata-se de um grande trabalho que tem seus méritos justamente na forma como a banda demonstra competência em fazer interessante um estilo que prima pelo ódio e agressão. E é na análise destes quesitos em que a maioria os críticos falham ao tentar antecipar um futuro volátil. E muitas vezes o fazem sem conhecimento de causa! O que estou querendo dizer é que o presente álbum pode ser considerado um material impactante justamente pela capacidade dos músicos em unir com competência elementos como agressividade, musicalidade e pujança. É latente a paixão dos caras pelo Metal e isso falta a muitas bandas.

O que temos aqui é uma mistura boa do que de melhor se produziu nas escolas germânica, americana e brasileira. E o melhor é que tudo isto foi concatenado e executado por uma banda latino americana. Pra ser mais preciso do Chile, país que goza de excelente reputação no campo da música pesada. Bandas como Chaotic Bastard, Lucifer’s Hammer e Miserycore, entre outras, tem história na cena chilena e ajudaram a forjar um estilo próprio do país para o mundo. Ocorre que, assim como no Brasil, poucas bandas de lá, conseguiram reconhecimento internacional. Felizmente, Suicide Nation tem potencial para se sobressair. A banda tem características que distinguem das demais e isso é muito importante num universo tão vasto quanto o metálico. Seu som é um Thrash Metal cheio de angústia lírica que se combina a agressividade orgânica das batidas para criar uma música pesada e dinâmica.

A formação atual da banda é Félix Arto (Vocal), Matias González (Bateria), Carlos Puentes (Guitarra), Ricardo Cuevas (Guitarra) e Diego Aguilar (Bajo).

> Texto originalmente publicado no blog Esteriltipo