O EP do pessoal do Trépano, lançado nesse ano e intitulado Covil, é um som bem interessante, praqueles que curtem um bom Hardcore Crossover. Formada em São Paulo, a banda vem trilhando um bom caminho, levantando a bandeira de uma galera, infelizmente marginalizada no nosso cenário Nacional, ou seja, um som “rueiro”, lotado de mensagens nada motivacionais compõe a estética da sonoridade do Trépano.
Os vocais do Moreno, combinado com a bela guitarra do Bob e a cozinha bem ensaiada e muito certeira em suas escolhas, cozinha essa composta por Willian(baixo) e Felipe(bateria), fazem deles terem um som pesado, mas nada de realmente novo do que já conhecemos do cenário do HCSP(Hardcore São Paulo), não que isso seja um demérito, sendo que, mesmo eu curtindo bastante o conteúdo do Covil, se você acompanha o cenário, já sabe do que esperar ao começar a ouvir o EP.
Se temos que destacar alguma trabalho de Covil, a faixa Rua, que conta com a participação do vocal mais nervoso do Hardcore Nacional, Thiago Monstrinho(Fucking Violence, ex-Worst) deu uma canja na faixa, fazendo que ela tenha um “tempero” a mais, dentro das 6 faixas Crossover do disco e o outro destaque é exatamente a faixa que encerra o disco, Legado de Glória vem encerrando o disco com uma música um pouco mais “solta” de um certo padrão.
Todas as outras 4 faixas(Obstinação, Língua de Cobra, Cicatrizes da Vitória e 2020) são belas músicas, mas mantém a clássica fórmula, não que isso faça delas ruim, sendo que, pessoalmente falando, eu ainda busco um ponto a mais na fórmula, alguma coisa que faça a banda se diferenciar de uma gama de outras, entende?? No mais, um bom disco de Hardcore Crossover pra nos abrilhantar nesse ano que está ó…
NOTA: 3 / 5