Em 2017, essa entidade carioca, chamada Vox Mortem tocava muito nas casas que abriam espaço pelo Underground Carioca, eu mesmo vi show deles diversas vezes em diversos locais e com a formação composta por Esaú Xavier Jean Resende (guitarras), Eduardo Martins (baixo e vocal) Flávio Monteiro (bateria), a banda lançou esse belo disco, Slaves Of Vanity, que é um marco na carreira da banda.

O trabalho foi todo gravado no HCS Studios e foi produzido por Marco Anvito (baixista e vocalista do Hicsos) e contou na época com a assistência de Alexandre Carreiro (atual guitarrista do Ereboros) e a sonoridade do disco é a cara daquele ano, tudo muito claro e polído, até mesmo cristalino demais, que é bem a sonoridade desses ano, no qual o mundo ficava estupefato com a qualidade das produções de Andy Sneap, ouvindo atualmente eu vejo que o disco se tivesse um pouco mais de “sujeira” seria melhor. Mas, o interessante aqui é ouvir com uma clareza única tudo no qual a banda se propõe a entregar.

E falando em entrega, que entrega, aqui temos um Thrash Metal visceral, sem delongas e com uma pressão incrível, todas as nuances esperadas do estilo, mas aqui, termos de voz, o antigo vocalista Eduardo Martins preferiu partir para um lance mais berrado, mas muito bom, as guitarras de Esaú Jean (membros remanescentes na banda) são ótimas, com riffs e solos cortantes, bem dignos a um Thrash Metal único como eles se propuseram a fazer e o baixo do Eduardo e o baterista Flávio fazem uma cozinha clássica, mas muito bem executadas.

Esse é um disco que envelheceu muito bem e eu indico a todos em ouvirem esse ótimo trabalho do Vox Mortem, é o registro de um grande momento, mas, eu vi o show da banda no Rato No Rio Revival e a nova formação da banda está ainda melhor, então espero muito do disco dessa nova formação, já que, a diferença da banda em 2017 para 2023 é gigante.

NOTA: 3,5 / 5

Atual formação da banda.