Sábado, último dia do mês de agosto, o dia no qual o gigante Sepultura iria se apresentar pela última vez na cidade do Rio de Janeiro, já de cara, eu vou compartilhar um medo no qual eu tive. Farmasi Arena. A casa, localizada na “Barra Olímpica” é um local bem grande e nem sempre o público Carioca comparece em peso e isso foi algo no qual foi me encucando no longo caminho para o evento.

E chegando no local foi isso que parecia, pois o local que comporta por volta de 18.000 pessoas e chegando na casa, e vejam, cheguei relativamente cedo, estava estonteantemente vazio e isso me deixou com um grande medo do evento em si não ser o que foi, um sucesso!

Bem, com o tempo passando e a hora do show chegando, a casa foi recebendo o público, que foi melhorando gradativamente, mas já de cara é necessário comentar uma coisa: a produção de palco dessa tour está impecável e isso antes do show começar, estrutura grandiosa, bem como uma banda com o peso do Sepultura merece.

Dito isso, a casa foi enchendo e o show se aproximando, o nosso querido colega Antônio Novato do canal Lado Direito do Palco, que tem sido o canal oficial nessa última tour do Sepultura, apareceu nos telões apresentando o merch disponível e, particularmente, muito feliz em vê-lo fazendo isso.

Headbangers Brasil e Lado Direito do Palco

Polícia do Titãs é tocada e assim sabemos que o show iria começar,  quando a banda entrou em palco, com um pouco de atraso (já programado) o Sepultura entrou derrubando tudo com Refuse/Resist, com direito ao vocalista Derrick Green arregaçando, Territory e Propaganda e mostra o porquê realmente é uma das maiores bandas de Heavy Metal do Brasil, quiçá da América Latina!! O som da banda estava simplesmente perfeito, conseguia-se ouvir todos os instrumentos perfeitamente.

Seguindo a apresentação, que começou de uma forma ímpar, do Machine Messiah, Phantom Self vem e dá uma aquecida ainda maior no público e foi bem recebida. Dusted, do álbum Roots e executada e o pessoal se empolga ainda mais e a execução das canções foram um destaque, na boa, Derrick Green, Andreas Kisser, Paulo “Xisto” Jr. Greyson Nekrutman estão perfeitos demais, o show segue com Attitude, outro clássico da banda viria e Spit seria tocada, mas infelizmente a guitarra de Andreass tem um problema, fazendo Paulo Jr. mostrar um som de baixo lindo, mas como teve esse problema, amigo, Greyson Nekrutman fez seu nome.

Nesse tempo no qual a equipe da banda estava acertando o som da guitarra de Andreas, Greyson Nekrutman puxa uma levadinha Jazz para não deixar a peteca cair e queridos, o baterista mostrou o porquê está sendo tão falado, como toca o menino. Probelma resolvido, Spit vem muito bem e depois Kairos, que foi bem recebida também.

Tenho que citar também uma coisa, 6 telões, um gigante no fundo do palco e um pequeno abaixo da bateria de Greysondois grandes em cada lado do palco e mais dois nas pontas do palco, as imagens no qual esses telões jogavam para o pessoal eram simplesmente lindas, tanto com membros da banda em diversos efeitos, como algumas imagens que pareciam geradas por AI, super belas, sem contar a iluminação que estava enaltecendo todos os membros da banda.

Mais uma vez o baterista Greyson Nekrutman fez seu nome, Means To An End é executada e a maravilhosa bateria foi reproduzida com perfeição e essa música ficou incrível, o pessoal respondeu muito bem a essa música e o público estava bem quente, com diversas rodas pipocando na galera. Depois dela, Convicted In Life rola. Usando Itsari como “intro de luxo”, Guardians Of Earth é executada e de grandiosa forma. Mindwar, do disco Roorback foi executada e a idéia do vídeo, de mostrar um “xadrez” com soldados foi ótima, deu um grande “boost” a canção, logo depois teve False e depois Choke, essa que um dia foi muito questionada, mas é sim uma grande música da carreira do Sepultura.

O show já ia muito bem, até que Andreas Kisser anuncia Escape To The Void e amigo, aqueceu ainda mais o público presente e depois veio Kaiowas, aquela que a banda está, em todo o show da tour recebendo fãs para tocar e não foi diferente no Rio de Janeiro, alguns fãs subiram em palco, mas tivemos uma presença de gala, o ex-baterista do Raimundos, Fred Castro e o filho do Carlinhos Brow, Chico Brow, sobe ao palco, tocando um triângulo e rindo bastante. Uma coisa legal para citar é que como a música demanda de dois violões, o técnico de Guitarra, Dante, que cuida do equipamento de Andreass sobe ao palco para tocar o segundo violão.

Depois disso, queridas e queridos, “a chinela cantou“, como disse um querido amigo que via o show comigo, já que Dead Embryonic Cells veio com tudo e logo depois, a maravilhosa Biotech Is Godzilla arregaçaram e fez todo mundo pular, as rodas aqueceram!! Mas, do QuadraAgony Of Defeat e essa música sempre me arranca lágrimas e não foi nada diferente naquele dia, esse que vos fala foi as lágrimas, de novo e na boa, Derrick deu um show a parte nela. 

Passado esse momento, um som que não imaginaria ser executada ao vivo, mas teve sim, Orgasmatron, clássico cover do Motorhëad que a banda gravou foi executada e queridos, daqui pra frente, foi só lapada! Troops Of Doom, Inner Self e fechando a primeira parte do show, Arise e vamos combinar, que sequência hein! Mesmo em Arise eu tendo percebido um errinho de leve, nada tirou o brilho daquela execução.

Depois daquele leve descanso dos membros, vamos partir para a finalização desse incrível show e ao voltar ao palco, Andreas anuncia o retorno de Fred Castro ao palco e o filho do, um dia, companheiro de gravação do Sepultura, Carlinhos BrownChico Brown retornam ao palco para comandarem as percussões em Ratamahatta e, como sempre, encerram a apresentação com Roots Bloody Roots Chico foi um show a parte em palco.

Que show, que encerramento digno do tamanho que o Sepultura, Tudo foi muito bonito, todas as imagens nos telões estonteantes e muito bem pensadas, um som perfeito e tenho certeza que muitos não estão “acreditando”, mas como anunciado, essa é a última chance de ver esse gigante em palco e se essa tour vai passar por perto de ti, vá ver, pois o show está irrefutável, que encerramento, que banda. PRA SEMPRE SEPULTURA DO BRASIL!! Agradecemos muito à 30e e à Trovoa Comunicação pela chance de poder trazer essa cobertura para vocês.

TODAS AS FOTOS POR DIDI DE ALMEIDA