E finalmente a banda de metal gótico SIRENIA se apresentou no Brasil. Apesar do temor de que os festivais produzidos pela malfadada MAD produtora tivessem influência negativa na turnê da banda norueguesa como aconteceu com outras bandas contratadas por esta produtora, os shows no Brasil, pelo menos os do estado de São Paulo e da capital cearense foram um sucesso (o show do Rio acontece na data em que este texto está sendo escrito). A exceção foram as datas no Sul do país, que realmente foram prejudicadas pelos problemas apontados pela (e contra) MAD. Para tanto, trabalharam de forma incansável e organizada a Venus Concerts e, em Fortaleza, a M2F e a D Music.
Em 29 de março o Ophera Music Bar abrigou uma noite gótica pra fã nenhum botar defeito. Nesse sábado metálico apresentaram-se para um bom público com um som que foi apontado como perfeito da primeira à última banda do line up, começando pela SITRA AHRA (cover do THERION, cujo nome é o mesmo de um de seus álbuns mais clássicos) aquecendo o público. Em seguida, SAPHYRIAN (cover do NIGHTWISH, limitado à fase Tarja). Quem conhece a vocalista Talita “Turunen” até pode dizer que é parente da finlandesa, com vocal e semelhança física ressaltados pela maquiagem. Finalmente com as autorais, a LAND OF LEMURIA representou o metal cearense do estilo, não deixando nada a desejar em relação à qualquer banda gringa. Mas a atração principal da noite, claro, era a banda norueguesa (ou devo dizer “mi-norvégien, mi-français” SIRENIA. Trazendo clássicos e canções dos seus últimos álbuns, “Riddles, Ruins & Revelations” e “1977” em que revisitam suas influências mais rock and roll, a banda apresentou basicamente o mesmo set executado em todas as outras praças da longa turnê sul-americana. Note-se que 1977, o ano, é também o ano de nascimento do faz-tudo Morten Veland (a alma da banda) e da francesa Emmanuelle Zoldan, a quarta na posição. Sem baixista no palco (disso a gente não pode deixar de reclamar – que ideia boba, Morten, queremos ver estrondo poderoso saindo ao vivo das cordas de um baixista) a banda era completada pelo guitarrista (também francês Nils Courbaron) e do inglês Michael Brush na bateria.
E claro, rolou “Voyage, Voyage” no idioma natal de Emma e Nils. Um grande momento em uma noite já grandiosa. Que voltem. E, se possível, em quinteto. Confira como foram os quatro shows nas fotos de Rubens Rodrigues.