Slipknot e Bring Me The Horizon detonaram o Rio de Janeiro ontem

Em plena quinta feira, dia 15 de Dezembro, o Knotfest Roadshow aportou no Rio de Janeiro trazendo, depois de anos e anos um dos nomes mais importantes do cenário pesado dos últimos anos, o gigante Slipknot e para a abertura do show, eles trouxeram o Bring Me The Horizon para a Jeunesse Arena dois shows maravilhosos, mesmo o local sendo de acesso relativamente “complicado”, já que, Barra da Tijuca nunca é um local fácil de acesso e pra quem vai de Transporte Público (como eu fui), é sempre uma aventura e, uma dica que eu deixo é, ao ir em qualquer evento, saiba que o retorno será complicado, mas tirando isso, vamos aos shows.

Cheguei um pouco atrasado à casa, o que me fez perder um pouco do início do show do Bring Me The Horizon, mas ao entrar a banda tocava Mantra e eu confesso que, infelizmente esse atraso, devido ao transporte, me fez perder a música deles que eu mais curto, que foi a faixa de abertura do show, Can You Feel My Heart, uma pena, mas… vida que segue.

Voltando a falar do show, mesmo a banda não mais tocando a fase que, particularmente eu gosto (Count Your Blessings, Suicide Season, There Is A Hell, Believe Me I’ve Seen It. There Is A Heaven, Let’s Keep It A Secret), é importante citar que a banda faz um show incrível, o palco deles é muito bonito e tanto o vocalista Oliver Sykes como toda a banda é de uma entrega ímpar em palco, eu vou destacar o Jordan Fish (tecladista, sintetizadores e backing vocal), que ele tem uma voz ímpar e nos momentos de vocais mais altos, ele cobre muito bem, a cozinha de Matt Kean (baixo) Matt Nichols (bateria) também dá um show, com o baixista se movimentando muito pelo palco, pulando e agitando bastante, as guitarras de Lee Malia John Bon estão muito bem equalizadas, mas eles não tem uma movimentação tão intensa, mas se mexem de lá pra cá. Em um momento, Oliver desce do palco e caminha pelo “Pit” em frente ao palco, falando que queria ficar mais perto do público e foi um momento de delírio dos fãs mais próximos ao palco, das músicas no qual eu os vi, Shadow Moses, Drown, Obey Throne, que fechou o show foram as músicas que eu mais curti e mesmo não gostando muito dessa banda, o show deles é incrível e pra quem curte esse Metalcore mais Pop, vá ao show na próxima vez que eles vierem, vale muito a pena.

SETLIST: https://www.setlist.fm/setlist/bring-me-the-horizon/2022/jeunesse-arena-rio-de-janeiro-brazil-2bbc94d2.html

Encerrou o show, a movimentação do público começa e você vê aquele time de pessoas trabalhando para a rápida desmontagem do palco e a preparação daquele terreno sagrado do entretenimento para a vinda de uma das maiores bandas da atualidade, dentro do cenário Rock/Metal, o gigante Slipknot e sobre isso vale um papo. Você pode não gostar da banda, mas, jamais poderá negar isso. A banda tem seu próprio festival, no qual viaja o mundo inteiro, fez parceria com o Hellfest diversas vezes para ter o Knotfest By Hellfest, dentro do contexto de mercado e até mesmo em termos de grandeza, é atualmente uma das únicas que conseguem fazer shows em Arenas e lotar as casas, então sim, o Slipknot sim é uma das gigantes e eles entregam isso em palco.

Bem, vamos voltar ao show, logo logo um pano de frente de palco sobe, com o gigante logo nele e já sabemos que dali pra frente, era esperar pela subida no palco dos nove loucos oriundos de Des Moine, Iowa.

Pano de frente do palco

O tempo vai passando e o clima vai aumentando até que explode nos PA´S For Those About To Rock (We Salute You), do AC/DC, o som já está mais encorpado, é amigos, começou a chegar a hora e explode a segunda faixa de abertura do show, Get Behind Me Satan and Push da Billie Jo Spears e na hora que ela canta SATAN o repeat e retorno começa, o pano cai, Slipknot em palco com a avassaladora Disasterpieces, faixa do Iowa, animal, que abertura de show insana, não vou negar, eu mesmo perdi a linha e fui pra dentro do gigante Mosh Pit (a rodinha Punk, sabe) e me perdi, começar com ela foi fenomenal e já de cara, Wait And Bleed que fez a roda ficar ainda maior e todo mundo pulando e cantando e a banda em palco estava simplesmente matadora e é impossível separar membro por membro da banda, porquê é tanta coisa rolando ao mesmo tempo em palco que é único, é um show realmente animal, mas, depois dessa All Out Life é executada e aí sim, eu tenho que falar sobre um membro em especial: COREY TAYLOR.

O frontman é de um carisma tão grande, sempre conversando com o seu público e colocando quantas mil pessoas forem em suas mãos e ele falou de como estava com saudades de voltar ao Brasil, pois depois desse tempo de pandemia e tudo mais, ele estava com saudade da insanidade do público Brasileiro e vamos com Sulfur e depois dela mais uma pedrada, Before I Forget foi tão bem recebida que em diversos momentos era até difícil em ouvir os vocais de Corey. Encerrando essa música, a banda anuncia que tocariam uma faixa do disco novo, The Dying Song (Time To Sing) é maravilhosamente bem executada, o povo ontem recebeu ela bem, mas nada muito expressivo, eu achei que a música funcionou muito bem no palco e logo depois dela, duas belas canções (nos padrões do Slipknot).

Aquelas porradas de sempre e eles nos presenteiam com Dead Memories e aqui vale destacar que, Corey, fez um senhor discurso motivacional, falando de perdas e que a partir daquele momento, todos éramos uma única família, a Slipknot Family e sempre teríamos irmãos pelo mundo, bem legal. A ótima Unsainted é executada, o pessoal recebe muito bem ela, mas amigos, depois dela, a sequência a qual nos esperávamos era simplesmente “assassina”: The Heretic Anthem, Psychosocial, Duality foram tocadas, realmente preciso dizer como foi isso?? LOUCURA, INSANIDADE!! O Mosh Pit abriu de uma forma gigante e como curtimos esses momentos, foi ímpar!!

Depois dessa sequência insana, tivemos Custer, que é de um disco no qual eu não curto muito, mas aí, irei parafrasear o exímio frontman: “Chegou a hora de entrarmos para a História”. SPIT IT OUT é tocada e com toda a imponência dessa música, um momento incrível sempre acontece e ontem, não poderia ter sido diferente, pois em um momento da música, as guitarras ficam repetindo o riff base e todo o público se abaixa e só pula quando Corey Taylor manda o clássico: JUMP DA FUCK UP!!  (o famoso Pula P****!!), esse momento é sempre animal demais e ontem não foi diferente, incrível.

Depois da banda sair do palco por um pouco tempo, 515 explode nos PA´s da casa e depois dela a maravilhosa People = Shit é tocada e mesmo eu, particularmente, muito cansado e bem dolorido (não tenho mais 30tinha né amores…), não me contive e retornei pro gigante Mosh Pit que foi formado e fui me divertir, lavar a alma (mais uma vez) e essa música reaquece todo o público e a loucura reacende para o Grand Finale da noite de ontem, não poderia ser diferente: Surfacing e seu refrão, que sempre funciona como uma declaração pra todos os fãs, o seu refrão fala demais o que é ser um fã de Metal, um fã do Slipknot que diz que não se igualará e não se ajoelhará a nada e nem ninguém, esse som é devéras especial pra muitos e como foi bom curtir esse som, encerrando esse showzaço maravilhoso no qual o Slipknot nos entregou. A experiência de ver a banda ao vivo é ficar sem saber pra onde olhar, eles te prendem de uma forma única, o “novo” percussionista, “Tortilla Man” não para, sempre fazendo uma palhaçada ou outra, bem como o já conhecido DJ Sid, sempre zoando tudo pelo palco, “Clown” – Shaw Craghan é outro que não para, Corey é o regente dessa orquestra louca que é o Slipknot. Um show incrível e único, foi maravilhoso retornar a essa experiência.