Formada por um norueguês (Michael Eriksen, vocalista do Circus Maximus) e um finlandês (o guitarrista e produtor Torsti Spoof, do Leverage), o The Magnificent é um, entre tantos outros projetos, capitaneados pela Frontiers, envolvendo músicos oriundos de estilos como power metal e prog metal.

Recrutando músicos como Rolf Pilve na bateria, Sami Norbacka no baixo, Jukka Karinen nos teclados, o The Magnificent lançou um único disco, em 2011, o que é uma pena, pois se trata de um punhado de canções fascinantes e esplendorosas dentro do universo aor/melodic rock.
Arranjos fabulosos, classudos, ora climáticos no melhor estilo Journey/Reo Speedwagon, ora modernos como os finlandeses do Brother Firetribe, tornam a audição desse disco obrigatória pra quem quer fugir da mesmice sonora que os projetos da Frontiers e seu “faz tudo” Alessandro Del Vecchio participa. Aliás, vale ressaltar que o referido “faz tudo” não participa desse projeto, o que por si só já tira aquele ranço de supergrupo sem inspiração pra compor canções marcantes e verdadeiras.

Alguns outros músicos tocam ao longo do disco, como Mats Haugen do Circus Maximus (baixo, guitarra e teclados) e Tommy Jacksonville (bateria) na canção Memories, Tuomas Heikinnen do Leverage nas guitarras em Satin And Lace (uma das melhores do disco), Bullets e Harvest Moon, além de Torsti Spoof assumindo os graves em Tired of Dreaming. As composições também tiveram colaboração de Pekka Heino e Tomppa Nikulainen, do Brother Firetribe e Kimmo Blom, do Urban Tale, além dos músicos já citados acima.
Infelizmente este é mais um disco desconhecido dos amantes do estilo, quase nunca citado em rodas de conversa, talvez pelo fato de flertarem com o power metal o que já gera um repúdio ou resistência a princípio. Porém deixando o preconceito de lado, o que se tem aqui é um dos melhores discos do ano de 2011 (talvez o melhor), com canções fortes, repletas de sentimento e com instrumental primoroso.
O Som…
Fazendo uma espécie de ponte entre os anos 80 e a modernidade, o único disco do The Magnificent (autointitulado) é o resultado do que aconteceria se o Europe e o Journey resolvessem emprestar algumas canções para o Brother Firetribe, com uma grandiosidade que faz jus ao nome, unindo a técnica do power metal ao clima do aor, temperada com a alegria do hard farofa oitentista. Discaço que merece toda atenção se bandas como as citadas acima são a sua praia.
