O Show Épico da Escolha da Nova Vocalista da Banda das Velhas Virgens
O show épico da escolha da nova vocalista da Banda das Velhas Virgens promete não deixar pedra sobre pedra no dia 22 de setembro no Carioca Clube/SP. O repertório será baseado na turnê “O Bar Me Chama”, cujo disco foi finalista do Grammy Latino em 2021 na categoria Melhor Gravação de Rock em Português. Com algumas novidades e ousadias, a saber.
O set, que já privilegiava (e misturava) covers de Sá, Rodrix e Guarabira (“Mestre Jonas” ao molho de Lynyrd Skynyrd), Caetano Veloso (“Tropicália” à la Black Sabbath) e Secos & Molhados (“O Vira” sauté com Chuck Berry), ganhou releituras recentes de canções advindas de outros gêneros musicais, incluindo “Retalhos de Cetim” (Benito di Paula, numa versão bluesy) e “Deslizes” (sucesso oitentista na voz insuperável de Raimundo Fagner com um quê de Scorpions).
Tem clássicos de underground que nestes 36 anos fizeram a alegria dos admiradores da maior banda independente do Brasil? Claro. Não poderiam faltar “Seu Buraquinho”, “Uns Drinks”, “Blues à Perigo”, “De Bar em Bar Pela Noite” e por aí vai.
Mas ‘perai… onde é que as três finalistas do concurso de nova vocalista das Velhas Virgens vão entrar?
Elas executarão, sob o acompanhamento da banda, três canções solo (“Beijos de Corpo”, “A Mulher do Diabo” e “Só Pra Te Comer”), enfrentando pela primeira vez com a cara e a coragem a matilha de bebuns que compõe os fãs da frente do palco das Velhas Virgens. Ao final, a sobrevivente, digo, a vencedora (a ser definida nos bastidores pela própria banda nos instantes que separam a volta triunfal para o bis) retornará ao palco para cantar nada menos que o célebre dueto “Abre Essas Pernas”, a música mais executada em meretrícios e casas de tolerância abaixo da linha do Equador, o hit supremo das strippers de norte a sul do país há mais de duas décadas. Ufa!
Depois disso, caríssima nova vocalista, é hora de cair na estrada, comer poeira e levar o rock danado das Velhas Virgens para os quatro cantos do Brasil. Porque a nossa vida é o rock’n’roll, mano, como celebrou o Made in Brazil. Essa sim a maior banda de rock tupiniquim de todos os tempos.