Resenha: Warbringer – Weapons Of Tomorow (2020)

“Um disco que reforça a natureza escatológica e bélica da banda”

NOTA: 4/5.

Acho que podemos falar do Warbringer como uma banda de Thrash Metal War, pois têm se utilizado do tema desde sua fundação em 2004. O grupo dá vida nova ao thrash clássico dos anos 80 e se inspira em nomes como Exodus, Death Angel e Testament. Ou seja, o melhor do som da Bay Area. Reza a lenda que um representante da gravadora Century Media foi num show para ver uma banda específica de Los Angeles/CA, mas ficou tão impressionado com a Warbringer que a contratou no lugar da primeira. Apesar das inúmeras mudanças na formação, a banda lançou seis álbuns de estúdio completos.

Em Weapons of Tomorrow, eles catalisaram todos os elementos que já dominavam numa mistura que resultou num álbum excepcional. Aqui temos um som mais enegrecido, agressivo e técnico. Com o suporte de uma grande gravadora e uma produção acima da média, a música da banda só poderia evoluir e foi justamente o que aconteceu. Tudo é impactante e deve provocar ataques cardíacos nos desavisados. O disco é espantosamente coeso. Todas essas características reforçam a natureza escatológica e/ou bélica da banda. Some-se a isto a velocidade cativante que só pode ter sido projetada para instigar os bangers a mergulhar no circle pit. Por falar nisso, há mais elementos cativantes, só que de uma forma doentia: a raiva. A banda consegue imprimir uma fúria extremamente conectada com o conceito do álbum é isso só confirma os elogios que tenho tecido ao trabalho. Até na faixa Defiance of Fate, que supostamente seria a primeira balada da banda, podemos perceber o ódio através das inflexões vocais de John Kevill. É nesse momento que percebemos o potencial da banda para algo muito maior. Outra que merece destaque é a faixa que encerra o disco, Glorious End, que lembra Defender do Manowar. Tem o mesmo poder, mas consegue ser mais violenta e instigante. Como se tudo isso não fosse bom o bastante, a banda acertou também no tempo de duração do álbum, que com 50 minutos, acaba fazendo com que a experiência da audição seja algo extremamente marcante.

A formação que gravou o disco conta com John Kevill (lead vocals), Adam Carroll (rhythm guitar, backing vocals), Carlos Cruz (drums), Chase Becker (lead guitar, backing vocals) e Chase Bryant (bass).

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> Texto originalmente publicado no blog Esteriltipo