“Crueldade e paixão de verdade”
NOTA: 9/10.
Desde que sua vocalista, que atende pelo singelo nome de Diva Satanica, foi anunciada como vocalista da banda brasileira Nervosa, sua banda original, a Bloodhunter, tem despertado o interesse dos brasileiros. De fato, além da beleza e do carisma, Diva tem grande alcance vocal e a banda em si, é formada por músicos muito competentes. Durante 2020, “o ano da pandemia”, algumas bandas aproveitaram para lançar material inédito e, atenta, a Bloodhunter lançou um EP de 6 faixas (o seu primeiro registro ao ao vivo) gravadas em Madrid durante a The Tour Of Faith (2018-2019). E sobre ele falaremos agora.
Nos textos anteriores dissemos que mesmo já havendo desenvolvido sua personalidade, é inevitável a comparação dos espanhóis do BloodHunter com os suecos do Arch Enemy. Pois bem, mantemos a palavra! Ao vivo é possível sentir a mesma energia maligna, que é a essência da música nas duas bandas. Mas esse é um grupo jovem, por isso, as comparações morrem no diálogo sobre a essência musical. Com relação a execução e performance, a banda, apesar de jovem, se porta como veterana. De certa forma, já são 12 anos de estrada e isso representa um bom trajeto percorrido. 3) Dying Sun, 4) Ezequiel e6) Bring Me Horror (do primeiro álbum)mostram como a banda ganhou volume e força desde a gravação original. 1) All These Souls Shall Serve Forever, 2) The Queen Beast e 5) Possessed by Myself (do segundo), retratam o momento atual da banda, mas não apenas isto, revelam o grau de evolução musical em momentos distintos. Tudo nivelado pelo presente. Em resumo: a performance é simplesmente brutal e todas as músicas são tocadas com muita energia. Destaque para as inflexões vocais de Diva que transmitem crueldade e paixão de uma forma palpável.
Atualmente a banda é formada por Diva Satanica (vocal), Daniel Luces (baixo / vocal), Carlos Vivas (bateria), G. Starless (guitarras) e Dani Arcos (guitarras).
> Texto originalmente publicado no blog Esteriltipo.