Jinjer é uma das bandas que mais cresce na cena do metal atualmente e não é surpresa que os fãs aguardam ansiosamente o retorno da banda aos palcos – principalmente os fãs do Brasil, que tiveram a tour remarcada algumas vezes devido à pandemia da COVID-19  e recentemente cancelada devido à guerra na Ucrânia, país de origem dos integrantes.  Para os fãs europeus, a sorte está melhor, pois a Jinjer está realizando diversos shows em festivais – incluído o Hellfest em que estivemos presente – e finalmente desembarcaram em Lisboa, realizando um show no Lisboa Ao Vivo na noite desta quarta-feira, dia 29 de junho, em um show produzido pela Amazing Events.

A noite começou pontualmente às 20h15, com o show da banda portuguesa Sotz’ – um nome que na mitologia maia significa “deus morcego”, que já é bem reconhecida em Portugal e cultiva uma legião de fãs e diversas apresentações pelo país – a banda também faz parte do cartaz do Vagos Metal Fest que acontecerá no final de julho. Apresentando um death metal imponente em um show cheio de energia, Sotz’ tocou músicas do álbum de estreia ‘Popol Vuh’ e conseguiu deixar o público agitado logo no começo da noite, provando o talento e a presença de palco que a banda possui.

foto: Jéssica Marinho
foto: Jéssica Marinho

Em seguida, foi a vez da também conhecida banda portuguesa Okkultist, formada em 2016 e liderada pela vocalista Beatriz Mariano, que rouba a cena com uma grande presença de palco, beleza e vocais potentes. A banda apresenta o clássico death/black metal raivoso e brutal, mas o diferencial está no profissionalismo como uma banda e na apresentação ao vivo, que pudemos assistir pela primeira vez e foi matadora. Apesar de ter sido um show curto, Okkultist é a prova de que o trabalho está sendo bem feito e a banda tem muito para conquistar voos mais altos.

Enquanto Jinjer existe desde 2009, eles realmente só começaram a entrar na vanguarda da cena metal nos últimos anos. Até o momento, eles lançaram quatro álbuns de estúdio, incluindo ‘Wallflowers’, lançado em 27 de agosto de 2021 pela Napalm Records, que é o disco que a banda está promovendo nas tours, além do protesto contra a guerra que acontece na Ucrânia.  A casa estava lotada, em um show que já era esperado das sold out, e às 22h em ponto, Jinjer sobe ao palco para entregar um dos melhores shows do ano em Lisboa. Apesar de todos os acontecimentos, a banda mostrou toda sua energia e força de vontade em conseguir seguir com a carreira e ter o apoio de milhares de fãs.

foto: Jéssica Marinho
foto: Jéssica Marinho

O quarteto ucraniano foi destaque em um show todo composto por luzes das cores azul e amarelo, da bandeira da Ucrânia, e atos contra o presidente da Rússia, Vladimir Putin. A partir do momento em que subiram ao palco, eles não perderam tempo, indo direto ao ponto com a canção “Call Me A Symbol”, e a vocalista Tatiana Shmailyuk agitando o público à sua maneira com seus vocais que mesclam guturais e limpos. O simples quarteto entra uma sonoridade pesada e muita energia, deixando o público encantado do começo ao fim, cantando junto com cada uma das 15 músicas.

Os grandes destaques foram as conhecidas “Judgement (& Punishment)”, “Teacher, Teacher!”, “Vortex” e a que lançou a banda no cenário mundial, “Pisces”. Tatiana não é de falar muito, após a primeira canção, agradeceu o imenso público e protestou sua revolta contra a guerra, após isso, foi música atrás de música, com pausas apenas para agradecer. O show foi intenso e passou rápido, mas todos saíram satisfeitos em finalmente ver a banda que era tão esperada pelos fãs portugueses – e torcemos para os brasileiros terem seu momento também.

foto: Jéssica Marinho
foto: Jéssica Marinho

Setlist Jinjer

Call Me a Symbol
On the Top
Pit of Consciousness
I Speak Astronomy
Disclosure!
Judgement (& Punishment)
Teacher, Teacher!
Sleep of the Righteous
As I Boil Ice
Mediator
Perennial
Pisces
Home Back
Vortex

BIS:
Colossus

foto: Jéssica Marinho
foto: Jéssica Marinho
foto: Jéssica Marinho
foto: Jéssica Marinho
foto: Jéssica Marinho
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