O power trio de heavy/thrash metal Eskröta encarou 2025 com maturidade e profissionalismo. Com um álbum que foi destaque na grande mídia, shows expressivos e uma turnê europeia, a banda chega a 2026 como um dos nomes centrais da música pesada brasileira, uma daquelas raras formações que começam a furar bolha e chegar a públicos distintos.
Neste mês de dezembro, Yasmin Amaral (vocal e guitarra), Tamyris Leopoldo (baixo e backing vocals) e Jhon França (bateria) celebram a eleição do álbum Blasfêmea como Melhor Disco de Metal do Ano no concurso do Tenho Mais Discos Que Amigos.
Dias depois, mais uma conquista: Blasfêmea, lançado em abril deste ano pela Deckdisc, entrou no Top 20 Melhores Discos Brasileiros de 2025 no ranking da UOL.
Os resultados evidenciam a expansão do alcance da banda para além do circuito tradicional do metal.
A presença da Eskröta na lista da UOL chama atenção por um motivo específico. Entre artistas como BaianaSystem, Don L, Marina Sena, Arnaldo Antunes, BK’, Gabi Amarantos e Mateus Aleluia, a banda aparece como a única representante de um som extremo, com raízes no metal, no hardcore e em vocais guturais.
O reconhecimento aponta para um momento em que a Eskröta rompe a bolha da música pesada e passa a ser assimilada por um público mais amplo e diverso. Segundo a vocalista Yasmin, esse movimento começou a se desenhar após a participação da banda em grandes festivais.
“Desde que tocamos no Rock in Rio e, principalmente, no Knotfest, mais pessoas começaram a nos acompanhar. Parte da mídia, das gravadoras e de gente do mercado também passou a prestar mais atenção.”
Com esse novo nível de visibilidade, o álbum lançado em 2025 foi desenvolvido sob maior expectativa. Blasfêmea é um disco feroz que traz novas mensagens poderosas e urgentes. Explorando a interseção entre o místico e o contemporâneo, o álbum é um manifesto sonoro, transformando críticas afiadas e sentimentos intensos em música pesada.
“Quando tocamos nesses festivais, a gente já tinha o próximo disco em mente, mas a pressão de entregar algo surpreendente foi maior, porque as pessoas estavam esperando alguma coisa de nós”, explica a vocalista.
A resposta veio por meio de decisões estratégicas que impactaram diretamente o alcance do trabalho. Entre elas estão o contrato com a Deck Disc, colaborações que ampliaram o diálogo estético do disco, como o feat com MC Taya e a participação da percussão do Cordel do Fogo Encantado, além de uma sequência consistente de lançamentos audiovisuais.
Outro marco do ano foi a primeira turnê europeia da banda, realizada durante a divulgação do novo álbum. A circulação internacional reforçou o momento de expansão da Eskröta e contribuiu para ampliar sua base de público fora do Brasil.

A Eskröta realizou sua primeira turnê na Europa entre junho e julho de 2025. Durante esse período, o trio tocou em oito países diferentes, totalizando 14 apresentações em 18 dias, com shows na Alemanha, Bélgica, Inglaterra, Escócia, Irlanda, País de Gales, Irlanda do Norte e Sérvia.
Nos palcos, a banda também apresentou uma evolução clara, fala Yasmin. “Houve um investimento maior no show, em elementos visuais e na construção de uma experiência mais completa nessa turnê”, afirma Yasmin. “Foi uma soma de fatores que fez com que a mídia fosse obrigada a falar da gente“.
A Eskröta segue em largos passos o caminho certeiro de se solidificarem como uma referência no som pesado, não somente pela sua história e letras necessárias, mas pela qualidade das suas composições e, citaria que, principalmente, o carisma de seus integrantes e o respeito com o seu público, algo no qual vem se tornando um diferencial, erroneamente, pois isso deveria ser padrão. Parabéns a Eskröta por todas as suas conquistas.
