Minhas Gerais é e sempre será conhecida por ter um cenário pesado importantíssimo no país, pois né, Sepultura, Sarcófago, Holocausto, The Mist e diversas outras bandas saíram de lá, então sempre que temos uma nova banda vindo da terra do queijo, cachaça e Metal, se tem uma espera e até mesmo uma cobraça maior, o que, pode colocar uma certa pressão nas novas bandas, mas não é o caso do Paradise In Flames.
Os mineiros do Paradise In Flames, depois do belíssimo Devil´s Collection, retornam com Act One, um disco que, pelo que eu ouvi, propõe uma obra conceitual e esse primeiro ato nos presenteia com um disco incrível. Gravado pela própria banda no estúdio Maçonaria do Áudio e masterizado por Ted Jensen, conhecido por trablhar com nomes como Gojira, Mastodon, Behemoth, Metallica e isso deu ao disco uma produção ainda mais bela para o trabalho aqui apresentado.
A banda tem um material super consciente e de uma qualidade ímpar, formada por André Damien (vocal e guitarra), O.Mortis (vocal), Robert Aender (baixo), SJ Bernardo (bateria) e Guilherme de Alvarenga (vocal e teclado), eles nos entregam um disco com nuances oriundas do Black Metal que eles nasceram se calcando, mas tem muito mais influências aqui apresentadas e hoje em dia, contando com 3 vozes, essa parte da banda fica incrível, os vocais da incrível O. Mortis estão maravilhosos e aparecem de forma ímpar no disco, bem como a chegada de Guilherme de Alvarenga aos teclados deu a banda um instrumento de clima e cama maravilhoso, mas ele não se prende somente a isso, entregando ao som do Paradise In Flames belíssimas camas de horror e drama a música.
Antes do lançamento de Act One, a banda já tinha nos dado um vídeo legal demais para The Way Of The Pentagram, que é um dos destaques dessa belíssima obra, ao lado de The Sinner, Delirium (The Sinner Pt. 2), Learn From Mistakes e Dark Pilgrimage, Act One irá, com certeza, colocar o nome do Paradise In Flames e consequentemente, de Minas Gerais, nos holofotes do cenário Nacional, sendo reconsiderado e re-elevado a Celeiro de Clássicos no Brasil.
NOTA: 4 /5