Fala galera, Biel Furlaneto na área!
Você já deve ser mais do que bem vindo ao pesadelo dele, voce provavelmente tambem já foi envenenado pelo renascimento dele no hard rock com o album “Trash” (1989), voce provavelmente já gritou “A escola acabou” com a alegria de quem saía de férias. Nossa Tia Alice, que se apresenta no dia 14/06 no Festival Best of Blues and Rock em São Paulo é muito além dos inúmeros hits que cercam sua carreira mais que cinquentenária.
Aproveitando que estamos prestes a ver (de novo no meu caso) o “Brutal Planet” que é um show do Rei do Shock Rock, eis aqui uma lista mais lado B para ir aquecendo!
Escape – Começando pelo album Welome to My Nightmare (1975) que marca estreia da carreira solo de Alice Cooper (para contextualizar resumidamente, os albuns lançados entre 1969 e 1973 são da banda Alice Cooper, que se separou e o vocalista retomou o projeto como solo), essa faixa é um rock n roll bem honesto e alegre que encerra o clássico album. Música ofuscada pelos clássicos que compõem o tracklist da obra, como a faixa título, “Department of Youth” e a monstruosa “Black Widow”.
My Stars – Uma música com aquela mágica setentista presente no album Schools Out (1972). Solos com muito feeling, uma bateria rápida e eficiente acompanhando, com um piano fazendo uma bela cama. Uma musica cheia de mudanças de clima, hora mais calma, hora acelerando um pouco mais. Vale muito a pena dar uma chance.
Burning Our Bed – Hora de falar do Alice farofa. Presente no avassalador Hey Stoopid (1991), essa balada que começa voz e violão e explode no refrão tal qual os melhores momentos de bandas como Dokken e Skid Row. A balada típica da época conta ainda com um belo trabalho de bateria e um solo de guitarra que orgulharia Slash, Richie Sambora e etc. Infelizmente some em um album que além da faixa título conta com “Feed My Frankenstein”, mas não deveria,
Sanctuary – Presente no quase industrial Brutal Planet (2001), é uma faixa que flerta bastante com o estilo que consagrou bandas como Nine Inch Nails. Começa com um vocal meio falado, depois partindo para um refrão bastante potente com a guitarra gritando característica do estilo. Menção para a bateria impecável de Eric Singer (Kiss, Black Sabbath, Lita Ford).
Unfinished Sweet – Mais um rock bem gostosinho. Quase 7 minutos de um rock n roll cru na sua mais pura essência. No meio da musica tem um baixo sensacional que assume o protagonismo enquanto a guitarra “brinca” de James Bond antes de um solo magnífico. É mais uma música com várias camadas que mesmo estando no atemporal Billion Dollar Babies (1973) ao lado de clássicos como “Elected” e “No More Mr. Nice Guy” deveria ser mais apreciada.
Hell Is Living Without You – Essa musica vive um drama chamado “estar no mesmo album que uma das melhores musicas da história do Hard Rock”. Quando “Trash” (1989) foi lançado, o mundo foi engolido pela musica “Poison” (justamente, bom que se diga). A parte ruim de ter um colosso no album é que geralmente ofusca o resto, e é o que acontece com “Hell”, uma power ballad oitentista excelente para você “escorregar pela porta” enquanto tenta esquecer aquele grande amor perdido.
Wish You Were Here – Não, não é a música do Pink Floyd. Muito pelo contrário. Diferente da melancólica xará, esse som do album “Alice Cooper Goes to Hell” (1976) tem uma vibe bem divertida, com uma bateria que pode te remeter a “Sympathy For The Devil” dos Stones em algum momento, mas que da metade pra frente vira um show de viradas espetaculares como os improvisos das grandes big bands.
Triggerman – Dentro do esquecidíssimo album “Dragontown” (2001) pouca coisa se destaca, o sucessor de Brutal Planet já não tem a mesma força do anterior. Alice dobrou a aposta de um som mais moderno e acabou ficando um pouco aquém. Mesmo assim da para achar bons momentos no album, como a faixa que abre o album. Para gostar dessa, voce tem que gostar de musicas mais na vibe Marilyn Manson (só que melhor). Vale o registro dessa fase que nem a Tia deve gostar de lembrar.
Simple Disobedience – O album Constrictor (1986) foi uma ressureição na carreira da Alice. Depois de albuns difíceis de digerir e um hiato de 3 anos, a volta com uma sonoridade mais hard rock foi bem aceita, e tudo começou aqui. A musica em questão é puro suco de anos 80 na sua sonoridade, com direito a bateria nas alturas e refrão em coro. É o começo de algo maravilhoso!
Why Trust You – Sendo o Trash meu album favorito, não tinha como colocar uma musica só dele. Sendo assim esse hard rock clássico teve que terminar essa lista com o pé na porta! Animada, solo espetacular, letra espetacular, um dos momentos mais inspirados da história de Alice e sua trupe.
Bonus
Sendo o Alice Cooper dono de nada menos que 29 registros (contando a era banda e a era Alice solo), eu não posso deixar de indicar os dois últimos trabalhos, que como todo trabalho novo de banda consagrada, acaba ficando meio esquecido mesmo. Detroit Stories (2021) e Road (2023) são bons albuns. Não são como os clássicos, mas te garantem uma boa dose de diversão.
Curtiu a lista? Quem voce quer que seja a proxima banda no além do obvio? Diz tudo pra gente nos comentários. Até a próxima!