Aniversariante do dia: Judas Priest – British Steel (14/04/80)
Sexto álbum de estúdio da banda britânica de Heavy Metal Judas Priest.
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Há quarenta anos o Judas Priest lançava essa pedreira. Não há nenhuma dúvida que a banda seja um dos pilares do Heavy Metal, mesmo que, digamos assim, da segunda geração do estilo, considerando o Black Sabbath como o início de tudo. Em 1980 eles já tinham uma considerável discografia e abriam a década com um disco que se tornaria clássico, fazendo também com que a década de 1980 fosse marcada por discos extremamente importantes no cenário Rock/Metal mundial.
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British Steel foi concebido logo após uma turnê em que o Judas abriu para o AC/DC. Anos depois Rob Halford declarou que a banda se sentiu influenciada pelo som dos australianos, o que acabou refletindo em algumas canções com um som mais básico. Particularmente, essa é a fase que mais gosto do Judas. As canções com o punch do Heavy Metal, mas com um ritmo mais Rock N’ Roll, me passam uma sensação de “Foda-se! Eu quero é curtir!” e é exatamente isso o que vemos nas faixas “Breaking The Law” e “Living After Midnight”. Acho que nos anos 90 o Judas ficou muito preso a dois bumbos de bateria, perdendo um pouco desse Groove.
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O disco abre de forma majestosa com a já citada “Breaking The Law“, seguida por “Rapid Fire” que, apesar do andamento permitir um pedal duplo, é preenchido por um belíssimo e certeiro bumbo simples. Nessa faixa também vemos um ótimo duelo de guitarras intercalando com o vocal de Halford; “Metal Gods” vem logo depois e eu me pego pensando se haveria um título mais apropriado para essa música e essa banda; “Grinder” começa e a vontade de abrir uma cerveja e pegar a estrada já tá lá em cima. Embora esse desejo seja irresponsável, não posso negar que é realmente o que dá vontade de fazer; “United“, apesar de muito boa, quebra um pouco o clima e me faz lembrar de “Before The Dawn” do álbum Killing Machine que, infelizmente, acho a pior música do Judas; “Living After Midnight” vem pra colocar de novo as coisas nos trilhos, ou tirar de vez, depende do ponto de vista. Música fantástica! Uma das melhores de toda a discografia da banda. Talvez seja a minha preferida, juntamente com “Delivering The Goods“, outra música do álbum Killing Machine; “You Don’t Have To Be Old To Be Wise” mantém o ritmo, mas não simpatizo muito com ela, apesar do ótimo título; “The Rage“, vem pra dar uma aliviada e é uma belíssima canção. Não sou muito fã das músicas mais calmas do Judas. Acho que eles não acertam a mão quando tentam fazer baladas, a não ser na linda “Angel” do álbum Angel Of Retribution. Porém, acho que “The Rage” também é uma exceção e, é sim, uma bela canção. Para finalizar: “Steeler“, seguindo a linha de “Breaking The Law“, “Rapid Fire” e “Living After Midnight”. Heavy Metal pra ninguém botar defeito! Não é à toa que British Steel é considerado um clássico!
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A formação do Judas nessa época era Rob Halford nos vocais, KK Downing e Glenn Tipton nas guitarras, Ian Hill no baixo e Dave Holland na batera, aliás British Steel marcou a estreia de Dave (falecido em 2018) e que tocou também nos álbuns Screaming For Vengeance, Defenders Of The Faith, Turbo e Ram It Down.
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Minhas favoritas são “Breaking The Law”, “Rapid Fire”, “Metal Gods”, “Grinder”, “Living After Midnight”, “The Rage” e Steeler.
Disco impactante, poderoso e cortante como o metal britânico do Judas Priest.
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Faixas:
1. Breaking the Law
2. Rapid Fire
3. Metal Gods
4. Grinder
5. United
6. Living After Midnight
7. You Don’t Have to Be Old to Be Wise
8. The Rage
9. Steeler
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⭐⭐⭐⭐⭐
Alex Melo – Instagram @jasmelo71