A banda cearense BLASFEMADOR lançou este ano seu segundo full-lengh, “Cosmofobia“, em março de 2021 pelo selo Mutilation Records. Além do Brasil o disco vai rodar a América do Sul, com lançamento na Argentina pelo selo Pacheco Records, no Peru pelo selo Deathcult Records. E saindo da América do Sul, o novo disco também contará com distribuição no Japão pela gravadora Rock Stakk Records.
Hoje composta por Fabrício (vocal), Romário (bateria), Lucas (baixo) e Ígor (guitarra), a BLASFEMADOR foi criada em 2008 na capital do Ceará, Fortaleza, com o intuito de tocar um metal old school, totalmente influenciado pelo rock sujo e agressivo dos anos 70 e 80. Nas palavras de Fabrício “esbravejando em suas letras filmes e literatura de horror, ódio ao maldito cristianismo e sua falsa moral e o tormento que é o cotidiano da vida“. A literatura de horror (representada pelo Cthulu de H. P. Lovecraft) e a temática anti-religião são dois aspectos bastante evidentes na capa de “Cosmofobia”.
O álbum começa numa bela intro (“Re-Animator”), que nada adianta do que está por vir. Ainda não dá pra saber que o que nos aguarda é um speed metal aos moldes de At War, Exciter ou mesmo Overkill. E “Fome Animal” (sim, o BLASFEMADOR toca em português) conquista pelo ataque e pelo solo longo, rápido e com melodia. A faixa ainda tem a participação de James McBain, da escocesa HELLRIPPER.
Se guitarras e baixo tem um breve descanso em “Terror Extraterreno“, o mesmo não pode ser dito da bateria, que aqui já começa como um massacre. Impossível ficar parado.
A apocaliptica “Epidemia, Fome e Morticínio” tem a segunda participação especial do álbum: Olof Wikstrand, do ENFORCER. Essa você confere no clipe abaixo:
“Blasfemador Recrutando Demônios” é uma verdadeira ode ao speed (mesmo ao apostar em dar uma freada na hora do solo).
Enfim, chega a hora da reza. Mas não pense que vai ser uma reza como você se acostumou quando era criança. “A Filha das Trevas” é a reza que você ouviria se frequentasse uma convenção de bruxas satanistas. Algo me diz que deve fazer sucesso quando for tocada ao vivo.
“Iconoclasta“, outra veloz antecede a vinda do Coisa Ruim em pessoa. E aqui aparece a última participação muito especial do disco: Jão, do Ratos de Porão.
“Mal Ancestral” tem outro belo solo e antecede “A Estrada da Fúria“, uma das melhores do play, é a escolhida pra fechar essa trilha perfeita para filmes de horror e nos deixar sedentos de mais sangue (afinal, Jason até morre, mas sempre volta nos Sexta-Feira 13, né?).
Nota: 4/5