Então depois de quase 10 anos, o gigante Bruce Dickinson lança um disco solo novo, o The Mandrake Project e desde o ano passado ele anunciou que viria ao Brasil em tour com esse disco, colocando todo o país empolgado para a apresentação solo do lendário vocalista com a sua banda, que aconteceu na terça feira passada, véspera de feriado no Rio de Janeiro, tendo o Qualistage, na Barra da Tijuca como casa selecionada para sediar o evento.

A turnê vinha com a Clash Bulldogs, banda oriunda de Nova Friburgo, cidade da Região Serrana do Rio de Janeiro, mas um dos integrantes da banda adoeceu no meio da turnê e não puderam seguir com o Bruce, fazendo a produção convocar, em caráter de urgência o Noturnall para ser a banda de abertura daqui do Rio em diante e vamos combinar, missão grande no qual a banda deu um gás absurdo, mas infelizmente, problemas no qual não estavam no poder deles acabou prejudicando a minha experiência, mas se não fosse isso, Thiago Bianchi (vocal), Henrique Pucci (bateria), Victor Franco (guitarra) Saulo Xakol (baixo) teriam entregue uma apresentação acima do normal. Entraram em palco com uma energia e força monstruosa, o guitarrista Victor Franco fez simplesmente a primeira (ou segunda) apresentação com a banda e vamos combinar, encarar um palco do Qualistage, com quase 4.000 pessoas te olhando, olha, parabéns ao guitarrista, que encarou de frente e fez um baita trabalho!! As vozes do Thiago Bianchi estavam como sempre incríveis, mas problemas no microfone dele, nas duas primeiras canções falharam, isso não deixou o público curtir ainda mais essa apresentação, mas o microfone após isso retornou e aí amigo, segura o homem, como canta, Thiago tem uma baita voz. Henrique Pucci como sempre um animal em sua bateria, como toca e Xakol mandou muito bem em seu baixo, cobrindo tudo, mas em momentos, as cordas abaixavam um pouco. Tenho certeza que, se não fossem esses problemas pontuais com o som, o público que já foi impactado positivamente pela apresentação da banda, iria ficar ainda mais feliz, porquê eles estavam com “sangue no olho” e entregaram uma apresentação super competente, pena terem que passar por esses problemas no som e mesmo assim, ao saírem do palco os berros de Noturnall, Noturnall ecoavam pelo público, parabéns, conseguiram, mesmo com problemas, tenho certeza que a banda aqueceu a galera para o que viria.

Depois do Noturnall, temos aquela movimentação clássica para a troca, montagem de palco e surge a bateria, os teclados e dentro de um certo tempo, às 22:16hr uma voz surge nos PA´s, recitando um poema de Willian Blake e sim, Bruce Dickinson e banda entram em palco com a clássica Accident Of Birth, já de cara e o público presente, que foi até “satisfatório” entra em frenesi com a entrada impactante do vocalista e sua banda, que, com a melhora do som começa uma entrega única e um desfile de boas canções começa. Laughing In a Hiding Bush é executada e vem beeeeeem forte, a música ao vivo é incrível e logo depois, Afterglow Of Ragnarok, que é a primeira canção do novo disco tocada na noite e tenho que colocar que o disco não me agradou, mas tanto essa música, como todas do disco no qual foram executadas, funcionam muito bem, sendo que depois dela, um dos pontos altos dessa apresentação de Bruce DickinsonChemical Wedding chega e o público fica ainda mais ensandecido, todos cantando altíssimo as letras desse clássico e em um momento de conversa, descobrimos que a banda no qual acompanha Bruce Dickinson tem nome: A HOUSE BAND OF HELL, que é formada por Dave Moreno (bateria), Mistheria (teclados), Tanya O’Callaghan (baixo), Philip Naslund (guitarra) e Chris Declercq (guitarra), Bruce Dickinson conversando com o público ele anuncia mais uma do novo disco, Many Doors to Hell é tocada e como falei, que música ao vivo, super que funciona ao vivo. Depois dela, Gates Of Urizen, que foi uma surpresa para a noite, já que eles começaram a tocar tem pouco tempo e ouvi-la ao vivo foi sensacional.

Agora veio um momento no qual, eu particularmente, sempre achei desnecessário, o enfadonho “solo de bateria”, ok, Dave Moreno é super competente, mas sempre acho esse momento chato, é aquela hora de ir ao banheiro, reabastecer a cerveja (ou refrigerante, caso você não beba), mas depois desse momento, A House Band Of Hell retorna ao palco, para um momento de Jam Session que foi super legal em acompanhar, até mesmo Bruce Dickinson arrisca em uns bongôs e tudo mais durante essa Jam, ok, ele não foi tão bem, como o resto da banda, mas deu pra ver ali que foi um momento de diversão de todos, valeu demais e até um Themerin surge em palco e foi engraçado (bem, pelo menos eu ri) que no telão, passando imagens de filmes antigos aparece, uma filmografia de uma mulher assustada e a legenda: “Oh! It´s a Themerin” e Bruce vai e toca o insano instrumento, gerando efeitos ótimos e que remetem a filmes de Horror/Terror antigos, como comentei antes, muito legal esse momento.

Depois desse momento de diversão, eles retornam tocando The AlchemistDark Side Of Aquarius, que levantaram bastante o público, mas nada como a clássica Tears Of The Dragon, incrível, essa música é um petardo mesmo na carreira do vocalista, não tem como não se emocionar e muito menos não reparar em como todos na casa cantam essa música, não é à toa que ela é um clássico né. Fechamos aqui a primeira parte do show e no retorno para o palco, Jerusalem é executada e é uma grande surpresa termos essa canção no set, surpresa essa que foi muito bem recebida e, para a minha felicidade e a de muitos outros, Book Of Thel (clicando aqui você verá como foi em nosso Instagram) e meus amigos, eu esperei muito tempo para rever essa que é a música que mais gosto da carreira do vocalista ao vivo e ele entregou, com falhas e com a voz já cansando, sim, mas entregou e foi simplesmente demais revê-la em palco e pra fechar a noite, The Tower, encerrando essa maravilhosa noite!

Uma apresentação que foi simplesmente maravilhosa, como foi bom ver Bruce Dickinson e sua House Band Of Hell em palco, músicas ótimas, um bom apanhado de sua carreira solo e apresentando as faixas de The Mandrake Project, que após o show, me faz retornar ao disco, para ver se a audição melhora. Agradecemos ao pessoal da MidioramaMCA Concerts Rider2BR pela credencial e nos permitir trazer essa Cobertura para vocês.

TODAS AS FOTOS POR BABI FURTADO e DANTAS JR.