O nosso colaborador Ricardo Bernardo foi ao Morumbi, clássico Estádio no qual o time do São Paulo Futebol Clube tem como “casa”, para cobrir a Legacy Of The Beast Tour, dos gigantes do Iron Maiden, que nesse ano, além do Rock In Rio, teve Curitiba Ribeirão Preto pelo giro, a banda finalizou essa perna Brasileira na Capital Paulista, vamos ver o que nosso querido Ricardo achou dos shows. Divirtam-se.

Já ficou evidente que após a pandemia, a quantidade de shows no pais aumentou exponencialmente. Tanto bandas quanto fãs estão dando evidencias que turnês no pais são viáveis e que o público tem comparecido.

Um exemplo fiel disto foi este show do Iron Maiden que teve sua lotação máxima. Em um domingo de frio (13ºC), o estádio do Morumbi recebeu aproximadamente 70.000 pessoas para ver a Donzela de Ferro pela 11ª vez no Brasil.

Após ter tocado em Curitiba, Ribeirão Preto e no Rio de Janeiro a banda veio encerrar a “Legacy of the Beast World Tour 2022” a São Paulo.

Belíssima foto de Drone, por Fabiano Albuquerque.

A banda de abertura foi a Avatar da Suécia. Com sua temática meio circense, meio psicopata a banda executa um Death Metal Melódico muito pesado e com boas ideias. Apresentou aos fãs do Maiden suas musicas de maior sucesso. “Hail the Apocalypse”, “The Eagle Has Landed” e o encerramento com “Smells Like a Freakshow”. O vocalista Johannes Eckerström, possui uma ótima extensão vocal cantando do gutural até o lírico com grande facilidade. Além disso faz caras e bocas durante as músicas e nos intervalos conversando bastante com o público. Certamente não caiu na graça de todos os presentes, principalmente por ter um estilo bem diferente da banda principal. Mas certamente aos que apreciam o estilo, encontraram ali mais uma boa opção de banda.

TODAS AS FOTOS DO AVATAR POR STEPHAN SOLON (@stephansolon) – MOVE CONCERTS

O estádio já estava praticamente lotado quando começou a introdução para o show que é a  música “Doctor, Doctor” da banda UFO.

Na sequência a banda tocou três músicas do último álbum “Senjutsu”. Pra começar a própria música que dá nome ao álbum. Com seus mais de 8 minutos, apesar de Senjutsu ser uma ótima música, não é das mais animadas para começar um show. Mesmo assim o público gostou e cantou a música toda, principalmente no refrão. E a agitação também foi grande quando um Eddie versão Samurai entrou ao palco. Já “Stratego” e “The Writing on the Wall” são músicas que ao vivo funcionaram muito bem. Acredito que a escolha destas 3 músicas seja para apresentar as musicas, mas principalmente para ajudar a Bruce Dickinson a aquecer sua voz para as músicas mais difíceis. Uma vez que as músicas novas retratam mais a realidade atual do vocalista.

Após esta sequência começaram os clássicos da banda, cada música com um cenário diferente remetendo ao álbum. Revelations colocou todo mundo para gritar no seu começo. Ao seu final Bruce chama São Paulo da “capital do rock and roll” e oferece Blood Brother para reforçar os laços de sangue entre público e banda. Apesar da música ser um clássico do álbum que marcou a volta do vocalista, ao vivo ela ficou um pouco enjoativa pela quantidade de vezes que o refrão é repetido. Após mais uma mudança de palco, Bruce aparece com uma grande cruz cheia de luzes para executar “Sign of the Cross” que mesmo não tendo sido grava por ele, parece que foi feita sobre medida. Foi fantástico acompanhar ao vivo toda a parte instrumental desta música.

Flight of Icarus veio para aquecer o público literalmente. Não somente pelo andamento da música mais acelerado, mas também pelo lança chamas que Bruce usou por toda a execução da música. Fear Of The Dark para fechar a primeira parte da apresentação sendo até os solos cantados pelo público. Por mais que alguém ache essa música chata ao vivo ela é magnifica.

Após um breve intervalo para mais uma troca de cenário, Bruce volta “atrás das grades” para cantar Hallowed Be Thy Name, a melhor música do Iron Maiden já composta.

The Number of the Beast e Iron Maiden são mais dois clássicos para fã nenhum colocar defeito. Incrível ver toda a banda agitando ao executarem essas musicas. Principalmente o baixista Steve Harris que pulava a todo momento e “executava” aos fãs armado com seu baixo Fender.

The Trooper contou com o Eddie soldado que trocou tiros com Bruce e The Clansman deu uma acalmada no público para o final que viria com Run to the Hills e a derradeira Aces High que finalizou o show deixando o público certamente com vontade de mais.

Como Bruce disse logo no começo do Show, “Nós sempre viemos para o Brasil em clima quente, tropical, confortável, com céu aberto”, “Bom, não é o caso de hoje, mas quem liga para a “droga” do tempo? Vamos nos esquentar com um pouco de rock and roll”. E foi exatamente isto que tivemos. A prova de que o Iron Maiden ainda tem muita lenha para queimar e aquecer o seu público em muitas outras apresentações.

TODAS AS FOTOS DO IRON MAIDEN POR STEPHAN SOLON (@stephansolon) – MOVE CONCERTS