Domingo tivemos essa grande festa ao Punk Rock/Hardcore Mundial, com a primeira passagem da lenda Estadunidense do Punk Black Flag, com o único membro original da banda, o guitarrista Greg Ginn se uniu a um time muito mais novo, mas competente, o L7 celebrando seus trinta (30) anos de carreira e o Mukeka Di Rato, lançando o seu Boiada Suicida fizeram a festa, no Sacadura 154, no domingo passado.
Não vou negar que, pouco menos de 24 horas da destruição que foi o show do Machine Head no sábado (saiba como foi aqui), a OnStage Agência nos traria essas tours e fomos ao Sacadura 154, casa ímpar situada no Centro do Rio, próxima a lendária Pedra do Sal, local ímpar para o Turismo Carioca, então lá fomos para mais um show e ao chegar, não vou negar que me assustei com o público presente, parecia muito, muito pouco, eu realmente achei que o evento seria “flopado”, mas foi uma simples impressão.
Uma ação legal que rolou foi que, os 300 primeiros fãs que chegassem no local, ganhariam um pôster com a arte do evento, essa mesma criada pelo incrível Cristiano Suarez, que estava no local também, infelizmente não consegui vê-lo, o que é uma pena. Mas, o Mukeka Di Rato, clássica banda de Hardcore, oriunda de Vitória, no Espírito Santo e capitaneada pelo baixista Fábio Mozine, a banda mostrou em uma hora seus clássicos e músicas do seu último lançamento, Boiada Suicida e mesmo com uma presença, ainda, reduzida do público, a banda fez um senhor show, super divertido em se ver e em um momento, entre risos, tanto no palco como no público, a banda repetiu umas 3 vezes a faixa Facada, que tem 15 segundinhos, mas tem uma mensagem… Momento divertido e o Mukeka Di Rato fez um show muito bom naquela noite.
Bem, meia hora entre um show e outro e logo menos o palco estaria pronto pra receber Donita Sparks (vocal e guitarra), Suzi Gardner (vocal e guitarra), Jennifer Finch (baixo e vocal) e Demetra Plakas (bateria e vocal), o L7 retornaria ao Rio depois de uma passagem de sucesso pela Cidade Maravilhosa, em 2018, retornariam para um show em comemoração aos seus mais de 30 anos de carreira e prepararam um set extenso e lotado de sucessos e eu posso falar que o show foi bom, mas estupidamente longo, todas elas tocam muito bem, músicas como Fuel My Fire, Pretend You´re Dead, ShitList e outras foram executadas, a maior parte do público respondeu muito bem ao show, mas em um certo momento eu vi também uma boa parte do público, que nesse show, tinha aumentado absurdamente, foi até assustador ver a quantidade de gente que chegou para prestigiar tanto o L7, como pro Black Flag.
Bem, depois desse extenso show do L7 e de mais uma troca de palco, temos um palco super simples e os integrantes do Black Flag subindo no palco, o fundador Greg Ginn e seus correligionários Mike Vallely (vocalista), Harley Duggan (baixo) e Charles Wiley (bateria), ajeitam tudo para quando, simplesmente do nada, começam o seu show e cumprindo o prometido, eles começam o show com a mítica My War e vão com tudo, o vocalista Mike realmente tem uma presença de palco incrível e o que me chamou atenção é como foi tudo bem feito, mas Greg começou umas viagens entre uma música e outra e não negarei a vocês, eu já estava extremamente cansado, o show do Black Flag não me conquistou em nada, então lá pela quinta música do show, Forever Time eu fui embora, pois senti que seria estupidamente cansativo vê-los em palco, mas posso falar, me arrependo, já que os comentários que chegam foi que depois do My War, a banda engatou uma sequência incrível de clássicos em seu repertório e fez o público agitar demais, uma pena, perdi essa, mas em si, tivemos essa grande Festa Punk, no qual a OnStage organizou e que foi incrivel, parabéns aos incansáveis dessa belíssima produtora e obrigado por nos permitir trazer esse texto para vocês.
TODAS AS FOTOS POR EMÍLIO CÉSAR