Ontem, o Headbangers Brasil esteve presente no retorno ao Rio de Janeiro de um dos grandes nomes do Prog Metal do mundo, o incrível Symphony X e a noite ainda contou com a abertura do “Dream Team” Rec/All e eu irei, como sempre, ser extremamente sincero em todos os meus termos aqui. Então, vamos lá.

Chegando ao Sacadura 154, eu vi algo que me deixou muito feliz, a massiva presença do público Carioca compareceu em peso à casa e as peças estavam perfeitamente encaixadas para uma noite incrível, mas, forças inerentes à produção do evento atrasaram tudo, infelizmente as malas e instrumentos do Symphony X foram extraviados e demorou muito para chegar ao Rio, o que, infelizmente, forçou a produção do evento ter que atrasar um pouco a abertura dos portões, mas a calma e profissionalismo da OnStage falou mais alto e eles conseguiram abrir os portões com atraso, mas mesmo com um pouco de problema, o credenciamento e entrada do público foi rápida e muito bem feita.

Tirando essa parte inicial, entrei na casa e ela tem uma ótima estrutura, achei o palco de uma altura ótima e você tem uma boa visão de todos os pontos da casa, sem contar com uma área de fumantes que é um deleite. Cara, vamos combinar, isso é um detalhezinho besta, mas eles oferecem uma área de descanso e conforto, para um evento maior ótimo, ou seja, fico muito feliz em ver algumas produções usando a Sacadura 154 como local de shows e outra coisa muito positiva é a fácil mobilidade, ela é fácil de chegar e de ir embora, ponto positivíssimo.

Agora, vamos ao shows, que, com certeza é o que vocês estão esperando para ler eu vou começar pelo Rec/All conta com nomes de peso do cenário Nacional, nomes como Marcelo Barbosa e Felipe Andreoli(guitarra e baixo do Angra), Bruno Sá(teclado – Geoff Tate, Tarja, Angra e mais), Rod Rossi(vocal) e Pedro Tinelo(bateria) e com um time estrelado desses, você já pensa em ver um show incrível certo? Então, não nesse caso, caramba, que troço chato, não vou negar que a banda é de músicos monstruosos, todos de qualidade inacreditável, mas as músicas são horrorosas, meu Deus, nunca ouvi coisa tão genérica na vida e a banda fez uma versão para Under a Glass Moon do Dream Theater e nossa senhora, ficou muito ruim e a culpa em nenhum momento foi dos instrumentistas, mas o Rod não entregou e pra coroar com chave de esquecimento esse momento, a banda ainda me toca Pegasus Fantasy, música que o Rod Rossi gravou com o Edu Falaschi e é o tema do Anime Cavaleiros do Zodíaco. Eu entendo que diversas pessoas curtiram o show e isso é altamente normal, mas pra mim, nossa senhora, que sofrimento ter que ver aquilo e o pior, um grupo com músicos ótimos, mas com uma música que… Aff.

Bem, depois desse “show” do “Dream Team” e aquele pequeno tempo para desmontar bateria e tirar os instrumentos da banda de abertura, iríamos ver o Symphony X e meus queridos leitores e amigos, que banda, a Intro explodiu nos PA´s e logo Nevermore vem explodindo e a banda entra em palco mostrando o porquê, em 25 anos de carreira, eles se mantém extremamente relevantes dentro do cenário, amigas e amigos, que presença de palco que eles tem, Russel Allen(vocal), Michael Romeo(guitarra), Michael Lepond(baixo), Michael Pinella(teclado) e Jason Rullo(bateria) eles “chegam chegando” com tudo, mostrando peso e muita, mas muita técncia em sua música, mas eu noto um problema no som, que só vem a ser resolvido na última música do show, pois, o teclado do Michael Pinella não se ouvia, infelizmente, pois ele tem passagens lindas, mas isso não tirou o brilho do maravilhoso show, que se seguiu com  Evolution(The Grand Design), que foi absurda, como essa música cresce ao vivo.

Serpent´s Kiss também mostra a força do gigantes do Prog e vem uma das mais clássicas da banda, Sea Of Lies. Eu tenho que deixar algo bem claro para todos, a banda em palco é incrível, é visível como eles são entrosados, pois também né, 25 anos e nenhuma mudança de formação, credencia qualquer banda a ter um nível fora do comum. Mas, seguindo o show, Without You When All Is Lost são tocadas e vem Kiss Of Fire, no qual Russel desfila ainda mais a sua simpatia e brinca mais e mais com o público e depois dessa, Run With The Devil, aonde o exímio vocalista brinca e brinca bastante com o seu público dançando, pedindo para todos berrarem, pois só assim ele ficaria “excitado” e outras brincadeirinhas, enquanto as vezes ele corria pelo palco e meus amigos, não tem como não falar de todos os membros, todos músicos exímios, mas infelizmente ainda nada do teclado do Michael Pinella.

Fechando a primeira parte do show, Set The World On Fire(The Lie Of Lies) fecha a primeira parte do show, que logo em momentos começaria a caminhar para o encerramento com The Odissey. Agora sim, olá teclados do Sr. Pinella!! Infelizmente, essa foi a única falha do som de ontem, o que não tem nem como culpar banda ou produção, já que com todo o problema vivido e relatado do extavio de suas malas e equipamentos, atrasando tudo, não teria como ser 100% e mesmo assim o show foi sensacional. Agora, eu estou relatando aqui sobre como foi bom ver o Symphony X e sim foi muito bom, o show foi  incrível, mas, repetir um set já engessado a um certo tempo, na turnê de comemoração de 25 anos de carreira, sendo a carreira do Symphony X ainda, uma banda com tantas, mas tantas ótimas composições que poderiam entrar no local da longuíssima The Odissey, que ok, é uma belíssima composição, mas aturar 24 minutos de “ejaculação de técnica”, pra mim, foi um tremendo desperdício de tempo. Ontem mesmo estava comentando com alguns amigos que lá estavam, sai ela e eu colocaria no local Of Sins And Shadows, Egypt, The Eyes Of Medusa, Accolade, Candelight Fantasia, Church Of The Machine, que são músicas menores e de um valor e importância gigante na carreira da banda, mas que infelizmente ficaram de fora.

Esse fator do setlist engessado e repetido realmente me irritou profundamente e foi o ponto negativo do show da banda, que, tirando esse ponto de vista bem particular, não tenho como não encher de elogios o Symphony X pela execução mais do que magistral de suas composições, é incrível vê-los em palco, vale a pena demais ir ao show.

Como sempre, agradecemos demais à Agência OnStage pela confiança em nosso trabalho e parabenizo a mesma, por ter tido tantos problemas em cima da hora e mesmo assim, souberem contorná-los com maestria.

TODAS AS FOTOS POR GUSTAVOMAIATO