Death #6 – Individual Thought Patterns (1993)

“Até aquele momento, o ponto mais elevado da trajetória da banda.”

 NOTA: 5/5.

Individual Thought Patterns é um capítulo a parte na história do Death. A banda continua a se expandir técnica e progressivamente. Aqui, é possível identificar elementos do jazz muito facilmente e o exemplo mais objetivo é o baixo de Steve DiGiorgio, que produz fraseados muito característicos do estilo. Schuldiner passou a dividir mais os solos com o parceiro, Andy LaRocque (King Diamond) e parece ter havido mais entrosamento entre os músicos. Na verdade, há sinergia genuína entre cada parte instrumental e as vocalizações de Chuck parecem coexistir como uma extensão do sonora.

Possivelmente para não soar como no disco anterior, Schuldiner simplesmente resgatou a velocidade tradicional do gênero, alternando-a com incríveis mudanças de andamento e adicionando atmosferas mais viajantes às estruturas. Sua imaginação hiperativa parecia se impor sempre mais, o que, no entanto, não o obrigou a sacrificar seus princípios musicais mais brutais. A prova disto é que no álbum seguinte continuou a provocar avanços na sua música. “Individual” levou o tecnicismo de Human para além do que já havia feito em qualquer outro momento. E, nesse aspecto, Andy LaRocque foi ao seu lado, um dos grandes responsáveis pelo resultado obtido. Os duelos travados com Schuldiner podem ser classificados como os mais excitantes de toda a discografia da banda. Não se trata de um álbum conceitual, embora, liricamente haja um conceito como plano de fundo que fala sobre questões existenciais de um ponto de vista filosófico.

Novamente produzido por Scott Burns – que aquela altura já havia trabalhado com todos os grandes nomes do Thrash e do Death Metal mundiais – para este álbum, contou com um verdadeiro “dream time” do metal. Sendo que este foi o primeiro dos dois álbuns a contar com o baterista Gene Hoglan, e o último a contar com o baixista Steve DiGiorgio. A despeito de a line up contar com membros não fixos, o disco no geral tem alto grau de complexidade. Sendo até aquele momento, o ponto mais elevado da trajetória da banda.

BANDCAMP: Death Band

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⇒ Texto originalmente publicado no blog Esteriltipo. [Edição revisada].

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