Dorsal Atlântica #1 – Os Primeiros Dias

UM PROPÓSITO NA CABEÇA E UNS INSTRUMENTOS SURRADOS NAS MÃOS”

O que você verá a seguir é um apanhado geral sobre a trajetória da Dorsal Atlântica, uma banda que ganhou relevância ao dar as caras numa época em que tocar Heavy Metal no Brasil era muito mais que uma demonstração de rebeldia, era uma questão de coragem. Nossa narrativa busca, na medida do possível, manter sincronia com a biografia Guerrilha escrita por Carlos Lopes, fundador da Dorsal. O texto cobre o período entre 1981 e 2020.

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Atendendo pelo singular nome de “Ness“, em 1981, surge um esboço daquilo que hoje se pode considerar como o algo mais próximo da formação mais clássica da banda. Guiados pelo som dos grandes nomes (Motorhead, Black Sabbath, Kiss, etc.) tocavam covers só que, cantando em português e, claro, com adaptações para a realidade brasileira.

Em 1984, com uma formação estabilizada e já sob a alcunha Dorsal Atlântica (segundo as fontes, o nome foi encontrado por acaso numa enciclopédia), grava Ultimatum, um split-album com a também carioca Metalmorphose. Lançado no primeiro dia do Rock In Rio I, em 85, o EP teve uma tiragem inicial de 500 cópias. Um disco nos mesmos moldes do hoje, antológico split Sepultura/Overdose. Na época, tudo que os garotos tinham de concreto era um propósito na cabeça e alguns instrumentos surrados nas mãos. Todavia, esta iniciativa esta confere às bandas, o título de pioneiras da cena metal nacional.

A formação que gravou Ultimatum era composta pelos irmãos Carlos “Vândalo” Lopes (guitarra/vocal), Claudio “Cro-Magnon” Lopes (baixo) e Marcos Animal (bateria)

> Texto originalmente publicado no blog Esteriltipo. [Edição Revisada].

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