Demorou muito tempo para que o público paulista pudesse ver a superbanda de Prog Metal SONS OF APOLLO em São Paulo mostrando seu segundo álbum, MMXX (de 2020), além de canções que já se tornaram clássicos de “Psychotic Symphony” (2017). Sucessivos adiamentos por causa da pandemia de Covid 19 trouxeram o show, originalmente marcado para o ano de mesmo nome do segundo álbum da banda, para 2023. Estivemos lá e contamos, através das imagens de Rubens Rodrigues, como foi o show. Clique em cada uma das imagens abaixo para ver em tamanho maior.

Acompanhando a SONS OF APOLLO, dois nomes emergentes do cenário progressivo nacional, dando uma mostra de que o Brasil acompanha o mundo em uma certa tendência de crescimento do prog metal. A OPUS V, já bem conhecida dos paulistas por ter, entre outras coisas, recentemente aberto os shows do ANGRA (um pouco progressivo, vai) e do SYMPHONY X (esta um outro ícone do prog metal, rivalizando com a SONS OF APOLLO). Além do entrosamento e muita presença de palco um dos destaques da banda é também o baterista Miguel Muniz, que ainda não pode dirigir um carro, mas pode muito bem manter o ritmo de uma banda inteira. Com apenas 16 anos, o jovem destruía tudo na bateria. Cabe também falar que o som e luz estavam perfeitos desde o início.

A segunda banda, LUFEH, chega com um sotaque mais AOR. E o vocalista tenta falar um pouco em português, arrancando risos da plateia ao dizer que, além da primeira vez no Brasil, foi a primeira vez num supermercado brasileiro. O homem nunca tinha visto tanto arroz na vida. Denis Atlas é a parte “gringa” da banda. O restante é de brasileiros, o baterista Lufeh, ex-Oficina G3 e que dá nome à banda, Duca Tambasco (outro Oficina G3) no baixo, Teo Dornellas na guitarra e Gera Penna ao teclado.

A ansiedade para ver os SONS OF APOLLO só aumentava na pista vip completamente lotada e nos demais setores. Às 10:15, conforme prometido, começa o show do quinteto de feras formado por dois ex-DREAM THEATER (Mike Portnoy e Derek Sherinian), Jeff Scott Soto (Malmsteen, Talisman), Ron “Bumblefoot” Thal (ex-Guns N’ Roses) e Felipe Andreoli (ANGRA, KIKO LOUREIRO TRIO), este último substituindo Billy Sheehan (Mr. Big). Felipe, agitando mais que o normal, mostrou que não precisou de muito tempo para pegar as músicas do dream team do Prog e já foi confirmado em outros shows fora do Brasil. “Desolate July”, originalmente gravada em homenagem ao falecido baixista David Z, do ADRENALINE MOB, morto em um acidente, emocionou o público, com direito a luzes de celulares tornando o chão do Tokio Marine Hall um céu estrelado. Ainda temos que destacar Bumblefoot tocando o hino nacional da guitarra na introdução de “New World Today“, Derek Sherinian arrasando tudo em “Figaro’s Whore”, chegando a fazer seu teclado soar como uma guitarra em um solo e a recepção do público para “Coming Home”. Ao fim, Jeff Scott Soto chamou a si e seus amigos como “Sons of Sao Paulo”, fazendo um trocadilho com o nome da própria banda. Que o bom filho à casa torne. E logo.

Setlist

1. Goodbye Divinity
2. Fall to Ascend
3. Signs of the Time
4. Wither to Black
5. Alive
6. Asphyxiation
7. Lost in Oblivion
8. Desolate July
9. King of Delusion
10. New World Today
11. Figaro’s Whore
12. Coming Home

Bis:

13. God of the Sun

Agradecimentos:
Isabelle Miranda/Felipe Martinez, pela atenção e credenciamento.
Rubens Rodrigues, pelas imagens que ilustram esta matéria.