É. O ano que passou foi um ano estranho. E o ano que passou ainda nem passou direito. Continuamos trancados em nossas casas, sem poder ficar se batendo uns nos outros num bom mosh pit. Fortalecemos os laços com pessoas de timezones diferentes enquanto quebramos a ligação com pessoas que, praticamente, nos viram nascer. E o que a política separou, nem a música une mais. Mas vamos falar de música, da música de 2020, que parou em março e ainda não acabou. Se não foi um ano com shows, foi um ano com muitos, muitos discos bons, muitas lives, um ano que será lembrado não só pela fatídica pandemia, mas também pela qualidade e quantidade da produção musical.
Elenco abaixo os álbuns que mais ouvi neste 2020. Não os melhores, como de costume. Não tenho essa pretenção, mas álbuns que me fizeram companhia neste ano difícil e vão como boas recomendações.
1. Sepultura – Quadra
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2. The Troops of Doom – The Rise of Heresy (EP)
Resenha: The Troops Of Doom - The Rise Of Heresy (EP, 2020) - Roadie Metal
3. Imperial Triumphant – Alphaville
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4. Pearl Jam – Gigaton
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5.. AC/DC – Power Up
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6. Omminous – Immensity
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7. Heretic – (dis) Covering
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8. Lucifer – III
POPS DISCOS - LUCIFER III(2020)LUCIFER (BAND)
9. Biff Byford – School of Hard Knocks
Resenha: Biff Byford - School of Hard Knocks (2020) - Roadie Metal
10. LORDI – Killection (A Fictional Compilation Album)
Lordi - Killection (A Fictional Compilation Album) (2020, Clear, Vinyl) | Discogs
Menção Honrosa: Obskure – Overcasting (reedição)Obskure – Overcasting (2020- Reissue) – Headbangers Brasil
Não podemos deixar de lembrar e mencionar “Punching The Sky” (ARMORED SAINT), “Scriptures” (BENEDICTION), “Forever Black” (CIRITH UNGOL), “Moment” (DARK TRANQUILLITY),  “The Phoenix” (DEREK SHERINIAN), “V” (HAVOK), “Virus” (HAKEN), ” “Secrets & Lies” (JAKKO M. JAKSZYK), “Emerald Eyes” (IRON ANGEL), “The Absence of Presence” (KANSAS), “The Raging Wrath of the Easter Bunny” (MR  BUNGLE), “Throes of Joy in the Jaws of Defeatism” (NAPALM DEATH), “Sola Gratia” (NEAL MORSE), “Generation Antichrist” (ONSLAUGHT), “Genesis XIX” (SODOM), “MMXX” (SONS OF APOLLO), “Titans of Creation” (TESTAMENT), “Solitude in Madness” (VADER), “Be the Light in Dark Days” (CHAOSFEAR), “Consumed by Biomechanics” (CRASHKILL), “Discharge” (ELECTRIC MOB), “Cenas Brutais” (ESKRÖTA), “The Battle of the Somme” (HELLHOUNDZ), “Open Source” (KIKO LOUREIRO), “The Speed of Light” (MADRE SUN), “Subversive Need” (PANDEMMY), “Predatory” (SCARS), “Protosapien” (JUPITERIAN), os ao vivo “Nights of the Deads, Legacy of the Best: Live in Mexico City” (IRON MAIDEN), “S&M2” (METALLICA), “Temple of Shadows in Concert” EDU FALASCHI – e, finalmente, o retorno errático, mas sincero, de OZZY OSBOURNE, com “Ordinary Man“. Cada um desses álbuns brilhantes mereceria destaque e uma boa resenha neste texto, mas ainda pretendo publicá-lo em 2021, que já está acabando também.
E, finalmente, temos que render homenagens aos tantos soldados mortos, junto com 200 mil brasileiros que essa pandemia tirou de suas famílias. Começaríamos pelo inesquecível Neil Peart, que se foi vítima de um câncer segundos antes do mundo acabar, mas teremos um texto mais apropriado para isso.