Expandindo os horizontes

Para quem não sabe, Angelica Rylin é a vocalista principal da banda The Murder Of My Sweet e dessa vez está investindo em seu segundo trabalho solo – o primeiro se chama “Thrive” e foi lançado em 2013. Em “All I Am“, Angelica conta com o apoio de seu parceiro de banda, Daniel Flores, que deixa fácil apontar algumas semelhanças entre as duas frentes em que a cantora atua, especialmente no que se refere ao modo de cantar da artista.

Já o lado instrumental apresenta busca por uma ampla e vasta gama de opções, não se limitando ao rock melódico ou mesmo ao AOR. Muito pelo contrario, em “All I Am“, Angelica flerta abertamente com o synth envolvendo muitos aspectos da música pop e até mesmo dance em algumas passagens. Os elementos sintéticos proporcionaram ao álbum um tom moderno, mas obviamente, o grande atrativo de “All I Am” é mesmo a voz de Angelica, que vende suas convicções com muita propriedade e talento.

Calling“, que abre o disco, é o cartão de visitas perfeito apresentando muitos efeitos, refrão em camadas, batidas e total destaque no arranjo para a vocalista. “Beat Them All” repete a formula, só que com um andamento mais vivo e pronto para fazer parte da programação de algumas rádios voltadas para o rock moderno. Em “Addicted to YouAngélica mostra versatilidade em sua interpretação e mais uma vez o trabalho dos vocais em camadas realça e valoriza a composição.

I’m Sorry” soa introspectiva com a cantora recitando as frases com emoção e chama a atenção o excelente solo de guitarra, cortesia de Michael Palace. Por sinal, Palace também tem um papel fundamental em “Time And Space”, onde preenche os espaços da melodia com muita criatividade. “Don’t Say Goodbye” é uma balada feita a caráter para uma voz envolvente como a de Angelica. O andamento conta com um piano destacado, que fez toda a diferença no arranjo.

Still Bleeding” se aproxima do AOR com mais força, principalmente graças à forma com que a cantora impõe o ritmo e a Palace, que mais uma vez encaixa um belo solo. “Living On High Hopes” tem a melhor relação ponte/refrão de todo álbum e é umas das melhores faixas de “All I Am“. “A Pounding Heart” traz de volta a batida e os arranjos sintéticos mais destacados, mas a atmosfera do AOR continua presente, o que fez um bem incrível a essa canção.

Angel” possui um arranjo singular e é outra composição que valoriza muito o trabalho da cantora, seja na parte single, seja com o coro. A mid-ballad ganha em emoção em suas passagens e é outro ponto forte do trabalho. A faixa “Time To Go Home” encerra o disco com um trabalho destacado entre o vocal, o piano e os dedilhados da guitarra. Ao ganhar intensidade e um novo solo de destaque, a canção cumpre seu papel com a sensação de missão cumprida.

Deu para perceber que Angelica fez apostas em várias direções, que se derem certo, abrirão novos horizontes para a cantora, mas sem abrir mão totalmente das suas antigas características. “All I Am” já está na lojas desde o começo desse mês via o selo Frontiers. Confira.

Nota: 3.5/5

Tracklist:

  1. Calling
  2. Beat Them All
  3. Addicted To You
  4. I’m Sorry
  5. Time And Space
  6. Don’t Say Goodbye
  7. Still Bleeding
  8. Living On High Hopes
  9. A Pounding Heart
  10. Angel
  11. Time To Go Home

Line-up:

Angelica Rylin (lv)

Michael Palace (g, b)

Pedro Camargo (ag)

Daniel Flores (k, d, bv)

Fique ligado:

https://www.facebook.com/angelica.rylin