Projeto de Metal Cristão que, particularmente, passou completamente fora do meu radar, o Ben Baruk vem desde 2014 mostrando a qualidade de suas composições, com uma junção de elementos presentes no Symphonic Metal e Progressive Metal, mas em Cosmogony a banda, formada por Maria José (vocal), André Fernandes (guitarra e vocal), Lais Cunha (bateria), Rafael Rodrigues (guitarra e vocal) e Cadu Mattos (baixo) mostra uma fluência muito maior do que o apresentado acima.
Dentro de um disco super variado e com passagens oras mais extremas, oras carregadas de técnica e progressão, como diversas bandas do estilo, com tempos quebrados e muita nota, mas que aqui não são jogadas “fora” (digamos assim), todas servem para completar o que a música pede, oras temos momentos no qual qualquer banda de Death Metal ou mesmo Deathcore ficaria invejada em não ter pensado, pois esses momentos mais extremos tem também essas influências progressivas e mostram uma banda muito preparada.
O disco corre inteiro muito bem e de audição até fácil, com canções que te levam a outra dimensão, realmente, uma viagem sônica é proposta aqui e a sua permissão para a viagem é tomada nas primeiras notas de Cosmogony, já que é, praticamente impossível renegar esse convite, tamanha a qualidade do material aqui apresentado. Quero destacar uma coisa que os cariocas acertaram muito, que é o uso, tanto de coros com em diversas composições, a escala oriental na música, deixando ela ainda mais rica.
Como o disco segue uma história, para entender Cosmogony, eu te convido a ouvir esse álbum inteiro, se permitindo viajar em seu conteúdo, abra a sua mente para o peso e composição desses cariocas que trazem qualidade para o cenário, dispa-se de qualquer tipo de pensamento e deixem eles te carregarem para o mundo deles, eu te garanto que a viagem será deveras prazerosa.
NOTA: 4 / 5