“É como querer caetanear o que há de bom”
Em 2011, os meio-irmãos Zach Anderson e Cory Berry, na época membros do Radio Moscow, conheceram a cantora sueca Elin Larsson no estado de Iowa. Juntos, o trio gravou a demo de duas músicas: “Bliss” e “Black Smoke” que foram publicadas no youtube, logo após, receberam uma proposta da gravadora Crusher e fizeram um tour pela Espanha e pela França, onde conheceram o guitarrista Dorian Sorriaux, que logo se juntaria à banda. [1]
O som do grupo é chamado de “retrô-rock” e isso fez sentido durante um bom tempo, mas hoje é essa classificação soa como algo extremamente limitador. De fato, as coisas mudaram bastante desde o álbum Lady In Gold de 2016. O guitarrista Dorian Sorriaux saiu e Zack Anderson assumiu seu posto. Para a vaga em aberto, chamaram um músico de estúdio.
Em Holy Moly!, há um gingado que tempera e turbina aquilo que já era bom. A banda parece ter bebido em várias fontes. Para se ter uma ideia, em alguns momentos o som pode lembrar Deep Purple (Low Road), Rival Sons (Kiss My Past Goodbye), The White Stripes (Dust) e, noutros, até mesmo Graveyard (California), entregando o que os músicos têm ouvido nos últimos anos. A voz de Elin Larsson é carismática e, especialmente neste disco, ela parece cantar muito mais com o coração. Anderson pode não ser tão virtuoso quanto o seu antecessor, mas ele tem as manhas e consegue fazer o lance funcionar com autonomia de líder. Da mesma forma, Schander e Kvarnström mantém um alinhamento invejável na cozinha, conduzindo a banda para um dos seus melhores trabalhos no estúdio. Mas os verdadeiros destaques do disco, na opinião deste que humildemente vos escreve são: 2) Low Road, 3) Dreaming My Life Away e 10) Songs From a Mourning Dove.
Atualmente a banda é formada pela vocalista Elin Larsson, o guitarrista Zach Anderson, o baixista Kristoffer Schander e o baterista André Kvarnström. Rickard Nygren é um membro convidado para as sessões de guitarra e órgão no estúdio. [2]
> Texto publicado originalmente no blog Esteriltipo.