Direto da Argentina para mostrar um death metal destruidor, o Draconis traz seu mais novo lançamento, o disco “Anthems For An Eternal Battles”, o quarto álbum que chega em 31 de julho, pela Brutal Records. O grupo apresenta seu som intricado, que mescla o death a várias técnicas do black e uma boa pitada do thrash, num som preciso e muito bem executado, mostrando cada vez mais o amadurecimento na banda.
A faixa título já abre a toda, “Anthems For An Eternal Battles“, é rápida, certeira e traz variações de tempo que nos jogam numa montanha russa. As guitarras de Gerardo e Bruno Vargas são competentes e soam dando ares do black metal, com um solo insano. “Puppets Who Ignore Their Masters” já soa mais cadenciada, dando continuidade na primeira faixa. Apresenta boas dobras das guitarras e agressividade da bateria de Cesar Roman.
“Inner Quest” chega mais soturna mas logo o bate estaca começa e torna as coisas mais agitadas, há uma boa levada das guitarras, mas a guitarra solo me incomodou um pouco talvez precisando de um pouco mais de trabalho na produção, mas ainda assim com ótimos momentos de groove. ” My Last Journey” é mais concisa e coloca as coisas em ordem. Rápida e agressiva, suja e direta, sem delongas.
“Shadows of Emptyness” é mais cadenciada em seu inicio, e logo vira algo bastante acelerado em seu refrão, virando algo mais na linha do thrash que é muito bem feito. Aqui a banda se empenha ao todo e faz um ótimo trabalho, além de um trabalho de voz mais conciso, indo pro gutural ao invés do estilo rasgado mais empregado no disco. “Remember the Unremembering” chega sem pedir licença e entra sem avisar. Pesada como um tonelada, muito bem marcada pela bateria espancada de Roman, que ganha o destaque para ele. Aqui as guitarras também são muito aproveitadas, criando o peso já citado, só faltando mesmo um baixo mais presente, mas uma das melhores.
“Ship of Illussions” é tresloucada e insana. Vocais guturais mesclado aos rasgados, muito peso e uma aula de death raiz, com ótimas guitarras palhetadas, muita cadencia e ótimo groove. Uma das faixas mais bem trabalhadas do disco e um grande destaque. “Traitors of Everyday” não fica atrás, tem ótimo começo com guitarras alternadas e bateria parecendo um tanque de guerra, muito bem marcada. Num ritmo mais marcado, a faixa se diferencia das demais nessa levada, mas ainda tão boa quanto e sendo o momento para um respiro.
“Lost Angel” começa diferente, fazendo um trabalho mais intrincado das guitarras e segue alguns versos dessa maneira, o que soa meio estranho num primeiro momento, mas logo a normalidade volta e segue numa faixa mais morna. Encerrando, “Falling Into Darkness“, que o faz muito bem. Pesada e com variações do thrash e do death, a banda se empenha para fazer um final realmente marcante e que justifica ser a faixa escolhida para a tarefa. Tem ótimas passagens da guitarra soando mais melódica.
Um bom acerto na carreira do Draconis, uma boa dose de metal para o ouvinte e uma banda que sabe onde quer chegar e onde quer levar seu som podendo ainda nos surpreender num próximo lançamento.
NOTA: 3,5/5
Tracklist:
Anthems for an eternal Battle
Puppets who ignore their Masters
Inner Quest
My last Journey
Shadows of Emptyness
Remember the Unremembering
Ship of Illussions
Traitors of Everyday
Lost Angel
Falling into Darkness
Formação:
Gerardo Vargas: Vocal & Guitarra
Bruno Vargas: Guitarra
Marcos Villaroel: Baixo
Cesar Roman: Bateria