Resenha: Frozen Soul – Crypt of Ice (2020)

HomeTodos os postsCDSResenha: Frozen Soul – Crypt of Ice (2020)

CDS, Resenhas novembro 30, 2020 715Views 0Likes 0Comments

“Gélidos”

O selo Century Media tem programado para o dia 8 de janeiro de 2021 o lançamento do álbum de estreia do Frozen Soul, intitulado “Crypt of Ice”. O Frozen Soul é um quinteto de Dallas, Texas, e sua principal característica esta calcada em um death metal sólido. As gravações de “Crypt Of Ice” começaram no início de março de 2020 e são nítidas as influencias do grande Bolt Thrower na sonoridade da banda norte americana. O Frozen Soul tem a seguinte line-up: Chad Green nos vocais, Michael Munday e Chris Bonner nas guitarras, a baixista Samantha Mobley e Matt Dennard na bateria.

O disco começa com a faixa título apresentando efeitos atmosféricos, isso até o som denso começar a sair pelos auto falantes. O pedal duplo de Dennard mostra serviço e a cadencia doom conduz os andamentos principais. O vocal soa como se estivesse indo para uma guerra e o trabalho das guitarras são bem robustos. “Arctic Stranglehold” é mais viva, com um ritmo um pouco mais acelerado. Os fãs do Bolt Thrower vão adorar essa banda. “Hand Of Vengeance” possui uma daquelas intro de piano típicas para preparar o caminho para a paulada que vem a seguir.

“Wraith Of Death” faz uso de uma nova introdução mais calma e depois o que se segue é doom com uma batida muito pesada. Um rife contido vai ganhando corpo aos poucos e trazendo “Merciless” á tona. A música ganha velocidade e uma base sólida. Essa é uma das principais virtudes do Frozen Soul, que é mesclar um ritmo agudo com um chão muito firme e se aproveitar disso para criar andamentos muito construtivos.

A mesma receita funciona bem em “Beat To Dust”, que possui um Q do velho Entombed, principalmente nos rifes intermediários. A desaceleração no ritmo também chama atenção, mas sem se limitar a esse contexto, pois ganha variações e alternâncias bem encaixadas. Tanto “Twist The Knife” como “Faceless Enemy”, apresentam uma ótima relação baixo/bateria e novas variações nas harmonias, mas sem perder aquela sensação de que tudo está sendo arrastado. “Gravedigger” encerra o trabalho com uma nova intro cheia de efeitos e um instrumental bem incisivo.

O caminho do Frozen Soul esta bem pavimentado, e ele determina que a banda escolheu ser o novo Bolt Thrower. Mas para tanto, muitos ajustes serão necessários, pois os ingleses possuem trabalhos muito mais criativos e, dentro da sua proposta, ecléticos. Mas é preciso ressaltar que “Crypt of Ice” é apenas o debut do Frozen Soul, que ainda pode e deve evoluir muito na sua metodologia gélida de compor. Bem influenciados eles são. Confira.

Nota: 3/5