O Duo Mineiro de Death/Doom Metal Inventtor esse ano trás a vida o seu debut, um disco denso, pesadíssimo e de qualidade ímpar, com uma qualidade sonora no qual, bandas do estilo poderiam se basear e copiar, pois o resultado final de Em Meio a Escuridão é o puro suco da maldade e da tristeza no qual uma banda poderia contar.
Capitaneado por Alan Souza (bateria e vocal) e Tony Lessa (baixo), o Inventtor não brinca e não inventa em seu som, com a simplicidade de belos riffs e um andamento, que me remete sempre ao Bolt Thrower, a banda aposta em letras em nossa língua mater e aí vem uma dificuldade, pois compor um som dessa densidade em português, poderia ficar até “enfadonho” e “besta”, o que o Inventtor não é em nada.
É muito bom ouvir o vocal do Alan, que mesmo com um belo gutural, é extremamente inteligível, facilitando ao ouvinte perceber toda a morbidez no qual o Inventtor quer passar, as guitarras estão ótimas e eu gostei da timbragem que a banda escolheu, hora mais grave e densa, hora mais “abelhuda”, mas nada irritante. Tony Lessa tem um baixo gordo em mãos, com toneladas de peso para o Inventtor, um som muito bom de ouvir e sacar toda a sua linha é muito bom, mesmo parecendo simples, esse baixo gordo cumpre muito bem o seu papel em compor com a bateria de Alan uma cozinha bem densa, coisa que a banda pede sempre.
É complicado escolher músicas para ser destaque em um disco tão rico, mas eu vou falar que a faixa título (Em Meio a Escuridão), Purgatório, Traído Pela Intuição, Sino Negro e Santificam A Sua Maldade são faixas que eu me conectei de forma única, belas músicas, mas o disco é todo muito bom. Eu quero parabenizar a banda pelo debut, um belíssimo jeito de se lançar no mundo, espero muito ver essa banda em palco destruindo o Mundo.
NOTA: 4 /5