É incrível ver como o cenário do Doom Metal tem ressurgindo forte nos últimos anos, com diversas bandas chegando para o cenário e movimetando um pouco mais o estilo, que, como todo o cenário Metal, também agrega diversas vertentes e aqui, o experimentalismo está unido a uma sonoridade lisérgica, um peso descomunal e efeitos altamente viajantes em um disco gigante, em seu tamanho de play e assustador ao ver a quantidade de músicas.

Mábura em seu debut, Passos no Teto não teve medo nenhum de assumir o experimentalismo, levado à potência máxima e, em um disco, contendo apenas 4 faixas, entrega uma experiência auditiva de 1 hora, experiência essa que, para você absorver ao máximo o que Lucas Ferraro (bateria), Chico Patetucci (guitarrae Livio Medeiros (baixo), eu recomendo, fortemente que pare e preste atenção a esse disco.

Passos no Teto é um disco instrumental, com um peso descomunal, um andamento mais lento do que “andar em um lamaçal”, trazendo toda a aura do Doom para o seu som, mas é com o experimentalismo exacerbado, com efeitos indo e vindo, riffs hipnotizantes e um baixo marcante que o Mábura entrega, nesse disco, uma maturidade incrível em sua proposta, não deixando nada pra grandes nomes do Drone, no qual investem muito nessa área.

Mábura não é uma banda fácil de se ouvir, pra entender completamente ela demanda a sua atenção, ela exige que você entre em sua viagem, ela te força a parar e ouvir a sua música, coisa que, atualmente, é complicado, eu sei, mas a partir do momento que, você se permite ser levado a essa viagem sonora, eu te garanto uma qualidade monstruosa, então, ouçam muito esse discaço!

NOTA: 3,5 / 5