Impetuoso, impositivo e estúpido são alguns do adjetivos no qual eu posso dar para Every Bridges Burning, o novo disco do quarteto Californiano Nails. Foram oito anos de espera desde o lançamento do ótimo You Will Never Be One of Us que Carlos Cruz (bateria), Andrew Solis (baixo), Shelby Lermo (guitarra) e Todd Jones (guitarra e vocal) não gravavam um disco e a recompensa por essa espera toda é um disco esplêndido.

Lendo a Bio do disco, a banda fala que a faixa de abertura, Imposing Will, foi escolhida exatamente pra impor que você não consiga sair do disco, te pegando pelo braço, sem pudor nenhum e com uso de violência gratuita e te levar para uma curta viagem de pancadaria sonora inebriante. Mas porque eu falo curta, vocês me perguntariam, correto? Então, o disco que possui 10 faixas, é ouvido completamente em apenas 17:47, sendo uma audição rápida, mas ao mesmo tempo prazeirosa demais!

Vamos comentar algumas faixas, já te falei que Imposing Will realmente te impõe a ficar no disco e entre uma distorção e outra no final das faixas (e sim, é assim que o disco segue), você tem Punishment Map que já abre com um BlastBeat único de Carlos Cruz e todas as cordas arregaçando em um som pungente, forte e pesado, a faixa título, Every Bridges Burning nos trás aquele clássico Crustcore no qual o Nails sabe fazer, uma porrada insana. A faixa Give Me The Painkiller, que foi um dos singles para divulgação do álbum mostra riffs mais “grooveados”, mas nada de calmaria, a pancada Hardcore/Crust se mantém em um som incrível.

Mas o disco, mesmo tendo esse play curto, é impetuoso como comentei, ele te dá duas músicas mais cadenciadas, mas também pesadíssimas, que são Lacking the Ability to Process Empathy e a faixa que fecha o disco No More River to Cross, todas as outras 8 composições, queridas e queridos, é a tapa de qualidade na orelha.

A gravação dessa pérola Hardcore/Crust é outro ponto que tem de ser referendado, já que a sujeira e peso predominam por esse material ímpar, gravado no God City Studios com a produção de Kurt Ballou (do Converge), eles acertaram demais em remeter ao que parece ser uma “gravação ao vivo”, com as microfonias das guitarras dividindo as músicas e a dinâmica das músicas. Incrível!! Esse é um dos grandes discos do ano, com certeza!

NOTA: 5 / 5