“Eclético”

A virtuosa guitarrista Orianthi ficou mundialmente conhecida por sua passagem pela banda de Alice Cooper e claro, por sua habilidade com o instrumento das seis cordas. Ela acaba de colocar no mercado um novo álbum com seu nome, intitulado de “O” desde o dia 6 de novembro via o selo Frontiers Music.

Nesse trabalho a guitarrista também arrisca nos vocais com muita desenvoltura, mas sem abrir mão de solos consistentes e muito criativos. “Contagious” anuncia de forma profética que um álbum pegajoso está começando. A música ganha a intensidade de um rife, que acompanha a linha vocal e cresce no refrão. “Sinners Hymn” vem na sequencia com o vocal de Orianthi sendo mais exigido e correspondendo a altura. Ela encaixa bem as frases, mas o destaque é o incisivo rife que não nos deixa esquecer, que uma grande guitarrista esta presente. A canção soa moderna e o solo é incrível.

Rescue Me” começa flertando com uma harmonia limpa e mais cadenciada com ênfase em frases bem definidas. Mas outra vez a guitarra tem seu brilho, seja nos rifes acompanhado de uma harmônica ou no solo incendiário. Uma base sintética caminha no andamento de “Blow” alternando com passagens de guitarra cheia de distorção, que dá a devida intensidade que valoriza a canção. O solo se prolonga até o final em um arranjo muito consistente.

Uma linha de baixo bem marcante conduz “Sorry” e caminha para um rock pop, com uma melodia que vai ser bem útil para conquistar espaço nas rádios rock mundo afora. “Crawling Out Of The Dark” começa com dedilhados e não há duvida, trata-se de uma balada. Orianthi compensa o alcance limitado colocando muita emoção e ímpeto em sua interpretação e já dentro da sua zona de conforto, a guitarra, faz um solo curto e na medida certa.

Impulsive”, o primeiro single/clipe, possui rifes e pontes providenciais. O refrão é o mais chamativo do álbum até então, como todo single deve ter para cumprir seu papel de convencer o ouvinte a querer conhecer o disco todo. “Streams Of Consciousness” tem uma batida de anos 70, mas com elementos bem atuais. O rife é forte e impulsiona os vocais da cantora em frente no refrão, que ganha em intensidade. Falar do solo é ser repetitivo, mas não tem como ignorar nem uma única vez o estrago que essa moça faz com uma guitarra nas mãos.

A quase eletrônica “Company” é forrada de elementos sintéticos em seu arranjo e certamente a faixa mais fraca em minha opinião. Um clima gospel invade o ambiente em “Moonwalker”, a última faixa do álbum. Com um órgão, palmas e um coro de igreja na segunda camada, sem dúvida é a mais surpreendente música do disco e um ótimo trabalho de Orianthi no vocal.

O” é eclético e possui um bom trabalho de Orianthi com o microfone. Como cantora ela mostra muita determinação em transmitir seus sentimentos em suas canções. Já a guitarra, como era de se esperar, traz os melhores momentos de “O” com toda a genialidade da interprete. Confira.

Nota: 3,5/5

Tracklist:

1  Contagious

2  Sinners Hymn

3  Rescue Me

4  Blow

5  Sorry

6  Crawling Out Of The Dark

7  Impulsive

8  Streams Of Consciousness

9  Company

10  Moonwalker

 Line up:

Orianthi Panagaris – guitars, vocals, programming

Evan Frederiksen – drums, bass

Marti Frederiksen – percussion, programming, bass on track 3

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