Sábado passado, no dia 15 (quinze) de Julho, o pessoal da Bruxa Verde Produções resolveu arriscar e trouxe ao Rio de Janeiro os Suíços – Brasileiros do Retromorcego, um duo incrível que tem em sua formação os irmãos Koostela (guitarra e vocal) e Kabessa (bateria) e para a abertura do evento, a banda Carioca Mábura, que é atualmente formada por Lucas Ferraro (bateria), Francisco Patetucci (guitarra) e Lívio Medeiros (baixo) fizeram da noite de sábado ser uma noite pesada, sabática e, principalmente, recheada de boa música.

O evento ocorreu em um minúsculo espaço, localizado no Centro do Rio de Janeiro, o Escritório, localizado na Rua da Consitutição, 64, super engajado e por si só, com recado e mensagem dita e ao mesmo tempo super aconchegante, mas que, tendo 40 pessoas no local já o enche (sim, o enche mesmo), mas essa parte foi super de boa, já que todos conseguiram se acomodar e aproveitar de forma única os shows.

Bem, com um leve atraso, o pessoal do Mábura “foi ao palco” (porquê palco em si não tinha) e fez uma apresentação maravilhosa e estreando a sua nova formação, pois o antigo baixista saiu da banda e em seu lugar entrou Lívio Medeiros, que mostrou uma técnica maravilhosa em seu baixo, mostrando que a banda fez uma ótima escolha em colocá-lo na formação, já o baterista Lucas Ferraro mantém uma pegada soberba em seu Kit de Peles, com precisão e pegada, o baterista mostra uma técnica única e conduz o seu power trio em um som psicodélico, sabático e muito, mas muito pesado em caminhos que farão a sua mente regogizar, em uma viagem sônica, essa complementada pelos incríveis riffs e arranjos no qual o guitarrista Francisco Patetucci, aonde, dentro do seu “equipamento de trabalho”, um celular (isso aí meu jovem leitor), no qual o guitarrista o usava para liberar os sons de Background, no qual ajudavam o exímio guitarrista a finalizar as composições da banda de forma única. Muito sabático e ao mesmo tempo flertando forte com o Drone/Doom, o Mábura é um dos grandes nomes no qual o Rio de Janeiro nos oferece e precisa descobrir e não somente o Rio. Ah, sobre as músicas tocadas, algumas do EP Heni foram executadas, como Bong Of God, no qual eu mesmo pedi a banda para que tocassem, um show maravilhoso.

SETLIST:
Anhangá
Félix
Bong of God
Kayshara
Just Like Witches
Epipelagic

Bem, pouca coisa depois o Duo Suíço – Brasileiro vai ao “palco” com o seu som, no qual eles mesmo definem como Tropical Dead Grunge e sim, é exatamente isso que o Retromorcego é, uma mistura, estupidamente inesperada, mas sabiamente bem feita de um Grunge com uma sonoridade que tem muita influência de todo o movimento Grunge, mas visualmente os irmãos do Retromorcego se apresentam de forma super despojada, sem contar com as capinhas, que fazem uma super alusão à morcegos, dando uma camada muito bem humorada ao show da banda. Tanto o guitarrista Koostela, como seu irmão bateria, Kabessa, eles trabalham muito bem, tem uma comunicação ótima com o público e fizeram uma bela passagem pela cidade maravilhosa, focando em seu último disco, Animal Criatura, a banda conquistou todo mundo com a sua simpatia. Essa passagem pelo Rio, com certeza, fez com que, os poucos presentes na casa, até mesmo pelo tamanho, fará um trabalho de “espalhar a palavra” do Retromorcego, fazendo que nós, que estávamos no Escritório, sábado passado retornem para vê-los de novo, pois é um show muito bom.

Foi um belo sábado, com certeza e ter conhecido essa banda, ao vivo, foi incrível, agradecemos ao Matheus Jacques, da Bruxa Verde Produções por ter nos convidado para a noite, que foi simplesmente mágica.