Então viramos o ano e já tivemos diversos anúncios referente aquele que, está prometendo se tornar o maior festival do país, quando estamos falando de Rock/Metal, completamente focado no estilo, o Summer Breeze Brasil. O projeto que, trás o clássico evento Germânico para Terras Tupiniquins foi anunciado no final de 2022 e teve a sua primeira edição em 2023, contando com diversos nomes de respeito do Underground Nacional e Mundial, bandas como Blind Guardian, Grave Digger, Krisiun, Benediction, Evergrey, Kreator e muito mais, sem contar com as palestras do Bruce Dickinson e Simone Simmons, que ocorreram no evento também e 2024 não será diferente, o Line-Up do evento já foi anunciado, como você poderá conferir aqui e os horários já estão definidos também, aqui.
Mas hoje, eu não quero ficar falando aqui, sempre quis dar voz a quem, realmente abrilhanta os eventos, pois, toda a produção precisa do fator mais importante para acontecer e ser realmente lindo e memorável: VOCÊ, o PÚBLICO PRESENTE, que se esforça, se programa e sai de diversos cantos para ver a sua banda do coração e com certeza esse ano não será diferente, mas o Headbangers Brasil resolveu convidar alguns fãs que foram ao evento e viveram esses momentos catárticos em suas vidas, pessoas que, com certeza retornarão esse ano ao evento, então com vocês, os verdadeiros donos da festa, o público!!
MÁRCIO MACHADO – CONFERE ROCK – MINAS GERAIS
“No último final de semana de abril, chegou ao Brasil o festival Summer Breeze. Um dos mais tradicionais na Europa, foi anunciado em nossas terras no ano passado e causou euforia nos devotos da música pesada e como realmente seria adaptado para os lados de cá.
Obviamente, quando falamos em um festival grande, a primeira ideia que nos passa na cabeça é: “Quais serão as bandas?” O Brasil tem festivais de grandes nomes, mas muitas das vezes, esses mesmos se enrolam aos fechar o cast com “Iron Maidens” e “Metallicas“, mesmo entendendo o porque e quais razões levam a isso. Então, o que esperaríamos do Summer?
Muito se especulou e quando finalmente o line foi liberado, tivemos uma boa surpresa pela organização conseguir fechar um elenco de peso, mas ao mesmo tempo, primando pela versatilidade principalmente, indo do grunge do Stone Temple Pilots ao metal moderno do Lamb of God. Do thrash metal encorpado do Kreator ao power metal com Blind Guardian, e ainda tendo espaço para o tradicional com Accept e o Skid Row. E ao escolher o nome maior do cartaz, apostaram em um “novato”, o Parkway Drive, que não fez menos em ter a honra de ser o carro chefe das atrações. Além de outras jogadas alternativas que desfilaram por ali. O fato é que a decisão tomada de cada um desses preciosos escolhidos foi devidamente acertada e um tiro em cheio que conseguiu dosar as longas horas de festividades, sem tornar nada massivo, empurrado ou deslocado. Tudo teve seu devido espaço, apreço e polimento ao subir ao palco e entregarem apresentações incríveis dentro de cada uma de suas propostas.
Geralmente, quando um grande festival sai de suas terras originarias, temos a sensação de que é trazido ao Brasil, o mínimo do mínimo em termos de estrutura. Foi assim que aconteceu com outro festival que teve sua estreia por aqui no ano passado, mas não conseguiu trazer nem 1/4 do seu todo para cá, sendo uma única atração além dos musicais e que se mostrou extremamente desorganizada. No caso do Summer Breeze, quando anunciado, ele mostrou uma gama de outras atrações, como exposições, espaços familiares, locais de descanso e outros mais, o que chamou a atenção para os que iriam, mas ficava a dúvida, “como seria a organização e uso desses espaços?” Pois bem, mais uma vez, o tiro foi em cheio e certeiro. Não havia nenhuma complicação para se fazer “uso” desses locais, sem filas quilométricas para usar, nem problemas para se aproveitar o que tinha ali dentro. Claro, havia sim o deslocamento por sobre a passarela que ligava os dois ambientes e isso era o único fato da história que pode trazer alguma vírgula a alguns, mas nada realmente sério ou que prejudique a experiência. Todos os ambientes eram espaçados, suportavam o público interessado e sem problemas maiores.
Não estamos falando de um algo perfeito. Houveram sim problemas, como o fato do som alto demais, o que tornava algumas banda, somente som de bateria para quem estava próximo ao palco, o Shaman que causou certa decepção ao bradar um homenagem a Andre Matos, mas que se mostrou sem o mínimo de uma banda, que são ensaios, algumas recorrências com problemas dos banheiros e alguns preço que assustaram a alguns desavisados. Porém, isso não foi nada que realmente causou algum prejuízo a experiência geral e principalmente ao se tratar de uma estreia, isso é praticamente nulo se olharmos para o tamanho do todo que ali foi encontrado.
Em geral, temos aqui uma estreia feita em grande estilo e com grande cuidado, o que falta há muitos nomes por aí, mostrando sim que o formato original de grandes festivais pode ser trazidos aos Brasil sem maiores “danos” a sua estrutura e que quando bem idealizado, a execução é quase perfeita e consegue arrancar aplausos não somente em seus atos musicais, mas para uma recepção que acolhe a quem se presta a ir e participar de um evento desse porte. Mostrou também que se pode fazer um grande festival sem apelar para os mesmos nomes de sempre. Entenda, eles são bem vindos aqui sempre que estejam dispostos a virem, mas não somos “dependentes” deles e ainda há respiro além dos mesmos.
Se ficou algum problema grave para a produção resolver na já confirmada edição de 2024 é, conseguir superar essa primeira! Por mais momentos como este no Brasil!”
FLÁVIA ROMANO – RIO DE JANEIRO
“Summer Breeze, mais um festival excelente que veio para ficar no coração de São Paulo. Tenho uma larga experiência em rolés (sim, carioca aqui!) de metal, seja no underground, seja no mainstream. Mas, assim que conheci o Summer Breeze, percebi que este não seria qualquer festival. Vamos aos motivos que o tornam único:
É OpenAir: realizado no Memorial da América Latina, um espaço imenso. Foi como estar no Rock in Rio, com direito a três palcos. Com shows intercalados entre os palcos Ice e Hot, sem pausa para respirar! Também há o palco Sun, com show rolando ao mesmo tempo que um dos outros dois. Então temos que ser sábios na escolha da banda que queremos ver, quem sabe dando até uma saída antes de um show acabar, pois há uma passarela a percorrer até o Sun.
Três palcos + 1: Para quem adquiriu o Summer Lounge Pass, conta com um palco a mais, uma área reservada em frente ao Hot e Ice para ver os shows bem de pertinho, open bar e food e área para descanso.
40 bandas: Tivemos a oportunidade de conhecer diversas bandas, e ouvir aquelas que já amamos e tanto aguardamos. As minhas: Sepultura (nunca canso), Kreator, Krisiun, Testament, Accept, Skid Row, Crypta. As que me surpreenderam: Grave Digger, Benediction.
Um palco pequeno no qual podemos ver crianças tocando, super legal! E logo ao lado, área Kids.
Pela primeira vez, ouvimos falar de um fest de metal com parceria com uma produtora de jogos online, a Blizzard! Logo, pra quem gosta de games, vimos uma fonte da vilã do Diablo IV, e pessoas caracterizadas como personagens como o Pyramid Head e filmes famosos de terror como o Jason de Sexta-feira 13. E ainda, uma área interna com diversas atrações: muitos merchs, um enigma para decifrar, e muito mais.
Pontos negativos: Preços dos itens, do ingresso, e o principal, banheiros químicos sem higienização, falta de papel. Prometeram, mas não disponibilizaram bebedouros para as pessoas.
Problemas técnicos em alguns shows, som estourado no Grave Digger, falta de ensaio e pausas entre as músicas do Shaman + Viper, som do Lamb of God extremamente alto, e problema no microfone da Crypta no início do show. Mas nada disso diminui o impacto da experiência maravilhosa que foi participar dessa edição de estreia, e acredito na melhora para as próximas. Vida longa ao Summer Breeze Brasil!“
MARI TORRES e RICARDO HAQUIM – INNOCENCE LOST – RIO DE JANEIRO
“No dia 26 de abril de 2023, Mari Torres e Ricardo Haquim, respectivamente vocalista e baixista da banda de power/prog metal carioca Innocence Lost, saíram do Rio de Janeiro rumo a São Paulo com destino certo, a primeira edição do festival Summer Breeze Brasil. A seguir, o casal conta um pouco da experiência de estar no festival.
A nossa intenção era curtir o Summer Breeze no sábado, mas esse final de semana parece que teve 365 dias! Havia mais show que aconteceria literalmente no final da noite de sábado, o do Evergray, e na segunda-feira seria feriado, show do Myrath na cidade, aquele fim de semana foi infinito…rs
O dia que escolhemos para ir ao festival Summer Breeze contava com alguns medalhões como Sepultura, Viper, Crypta, Skid Row, Lamb of God e Blind Guardian. A experiência de ver todas essas bandas em um mesmo festival foi incrível!
Bem, além dos shows que mais nos marcaram, percebemos outras coisas muito bacanas lá que eu não tinha visto em nenhum festival por aqui. Começando pela organização, que sem dúvida merece muitas estrelinhas, tudo estava muito organizado e o espaço era bem amplo. A parte dedicada à alimentação inclusive, dava um banho de organização em outros festivais, não sendo necessário enfrentar filas quilométricas para comer, além do festival oferecer muitas opções de comida e em diversos pontos! Aliás, também tínhamos banheiros em vários pontos do Summer Breeze Brasil, a maioria tratava-se de banheiros químicos e essa parte foi o único ponto fraco do festival para falar a verdade, em outros festivais você encontra banheiros químicos também, mas existem banheiros melhores, maiores e mais higiênicos do que esses normais que você vê por aí. Se você é homem, talvez não compreenda 100% do pavor que é para uma mulher frequentar um banheiro desses, mas se você é mulher, provavelmente partilha do mesmo sentimento de horror a esses banheiros químicos, mas havia uma opção que ficava perto da entrada do evento onde era possível encontrar alguns banheiros normais, aquela era a salvação…rsrs
Outra parte que achei bem legal foi a área das lojinhas, se você quisesse comprar roupa, item de decoração ou artigos variados do mundo metal, era só dar uma passadinha lá e estava tudo numa área bem tranquila de chegar e ver com calma! Além das lojinhas, era possível encontrar algumas ativações de marcas como Jack Daniels, que deixou um espaço para tirar fotos e também tinham algumas pessoas vestidas com personagens de jogos que seriam lançados próximo ao período do Summer Breeze Brasil, como Diablo.
Bem, voltando aos shows, não havia intervalo entre uma banda e outra, isso pode ser bom e ruim haha bom se você não gosta de todas as bandas ou da maioria das delas e ruim se você gosta e quer ver tudo haha quando acabava uma banda, se a outra que você quisesse ver estivesse no outro palco, sebo nas canelas porque era do outro lado e já começava logo…mas não era nada tão longe comparado a outros festivais e apesar de uma multidão de pessoas se locomovendo de um palco para o outro, sempre observei muito respeito e calma entre as pessoas.
Quando eu cheguei no festival, o Crypta estava começando o show e foi incrível ver as meninas naquele palco, como de costume, elas arrebentaram com muito som, peso e presença de palco!
Quando acabou o show das meninas do Crypta, nos direcionamos para o outro palco, pois estava acontecendo Viper, depois rolou Skid Row, que me deixou extremamente surpresa e satisfeita, pois eu nunca tinha visto um show dos caras com Sebastian Bach, mas posso assegurar que o sueco Erik Grönwall canta que é um absurdo e deu conta do recado com o pé nas costas!
Haviam dois palcos colados nessa área do evento, o que agiliza muito a troca de palco entre uma banda e outra, mas para quem era fã de todas as que estavam para tocar alí não podia sair ou perderia algum momento, devido a rapidez do intervalo entre uma banda e outra, coisa que eu jamais achei que seria um ‘problema’, mas algumas vezes tive que me decidir entre comprar algo para comer e não perder nenhum detalhe de algum show.
Nesses palcos que eram colados, rolava uma pedrada atrás da outra, como por exemplo o Sepultura que entrega um show incrivelmente energético todas as vezes, quando acabou, ao lado já começava o Lamb of God, outra banda que eu já vi inúmeros shows e não enjoo de ver ao vivo, também é absurda a entrega e energia da banda no palco, Randy Blythe é um show a parte, tanto em vocal, quanto em presença de palco. Por último, naquele dia vimos o esperado Blind Guardian, essa era a primeira vez que eu estava assistindo o show deles e foi muito emocionante do início ao fim estar ali com tanta gente emocionada e cantando todos os hinos dessa banda, que é gigante!“
CAMMY MARINO – RIO DE JANEIRO
“Summer Breeze Brasil 2024 está chegando e com ele chegam também expectativas ALTISSIMAS, tendo em vista que a edição 2023 foi simplesmente destruidora!
Muito se especulava sobre como seria a versão brasileira tendo em vista que esse é um dos maiores festivais de Heavy Metal do mundo. E vou te falar, estava em um festival genuinamente europeu sem precisar sair do Brasil.
Dois dias recheados de grandes nomes, que aconteceu no Memorial da América Latina na Barra Funda, lugar de fácil acesso e de frente pro metro.
Com um line up lotado de grandes nomes e divididos em vários palcos, tínhamos bandas para todos os gostos. Como eu vim do Rio de Janeiro, já cheguei com os meninos do Viper levando grandes clássicos. Impossível não lembrar do maestro André Matos.
E eu sendo mega eclética, fiz uma sequência muito loca nesses dois dias (até porque pra lembrar a ordem correta pra mim é quase impossível, o que importa é a impressão que as bandas causaram).
Comecei com o Skid Row, que sinceramente para mim fez o melhor show de todo o festival. Finalmente depois de todos esses anos, acharam a voz perfeita para a banda. E depois disso foi um deleite sonoro: vi Kreator, Testament, Avantasia, Blind Guardian, Napalm Death, H.E.A.T, Grave Digger, Stratovarius, Crypta e muitas outras.
Além dos shows, tinha uma opção enorme e diferenciada para o público. Um lounge com Open Food, uma área vip na frente do palco com open bar, VIP Area. Tá achando incrível? Ainda tinha um shopping alternativo, uma convenção de tatuagem e um Horror Expo versão pocket rolando ao mesmo tempo. E uma organização impecável.
Então se preparem porque se o primeiro foi assim, o segundo será grandioso! Corre, garante o seu ingresso porque o Summer Breeze Brasil veio para ficar e colocar o Brasil em outro patamar.“
