Ontem então começou o Summer Tours, que marca o início de um mega calendário especial para o final de semana do Roqueiro em nosso país, já que nesse final de semana, um dos maiores festivais de verão da Europa, o Summer Breeze, que acontece a anos na Alemanha, acontecerá pela primeira vez no Brasil nesse final de semana, no Memorial da América Latina e assim, algumas bandas fizeram uns “Side-Shows” pelo país e o Rio de Janeiro, pela OnStage Agência, ShowPass Summer Breeze Brasil, apostaram para o Rio de Janeiro no The Winery Dogs Stone Temple Pilots e ainda tivemos como banda de abertura, os Estadunidenses do Velvet Chains.

Bem, após essa leve explanação do que está acontecendo pelo nosso país e do que o Rio de Janeiro teve ontem, queridas e queridos, o Vivo Rio, quando cheguei por lá eu não vi um grande público presente, o que, com o passar do tempo e dos shows que iam acontecendo, foi mudando, o que é muito bom, mas vamos retornar ao início e falar que, o Vivo Rio matou um bom espaço da pista, o que deve reduzir em uns 40% a Pista normal, ou seja, já é um show que não teve uma grande venda, triste, mas como sempre, o Rio de Janeiro não valoriza o trabalho de ter eventos como esses na cidade e uma coisa já que eu deixo, como está caro comprar Merch em shows hein, as camisetas ontem, nenhuma delas com um valor abaixo dos R$100 e com uma arte no qual nenhuma delas realmente chamou minha atenção, em si, mas isso só como curiosidade, pois pelo que eu vi, bastante camiseta e casaco foram vendidos.

Merch ontem no Vivo Rio

Mas vamos lá, com um pouco mais de 10 minutos de atraso, o Velvet Chains, banda Estadunidense de Hard Rock/Grunge, que nasceu em Las Vegas estreou ontem no Brasil, e particularmente, o que eu vi foi uma banda que tem qualidade, mas precisa se encontrar, já que, visualmente é super desencontrada e sonoramente tem idéias interessantes, mas ainda não encaixaram. Sendo eles de Vegas, nada mais correto do que uma boa versão de Suspicious Minds do eterno “Rei do Rock” Elvis Presley, essa parte foi boa, uma banda nova e que tem muito o que nos entregar.

Bem, depois desse show, a troca de palco e iríamos ver, o que para mim, de longe, foi o melhor show da noite, também, com um time pequeno, mas com tanta, mas tanta bagagem como esse que tem o The Winery Dogs, fica complicado para qualquer um que ali se colocar. Ritchie Kotzen (guitarra e vocal), Billy Sheehan (baixo e backing – vocal) Mike Portnoy (bateria e backing – vocal) não sabem brincar em serviço né e com um setlist que passeia entre seus três discos lançados, meu amigo, é uma brincadeira. Boa música?? Tem (e não é pouca). Técnica apurada?? Olha o time né, pelo amor!! Linhas intrínsecas?? De monte e sem parar. Cara, o The Winery Dogs entrega tudo isso e cara, com essa formação, é impossível não pensar em um show com uma qualidade absurda, Kotzen toca e canta com uma facilidade que, vendo, até parece fácil, Sheehan Portnoy a mesmíssima coisa, eles tocam tanto, mas tanto, que tu chega uma hora e tem dois pensamentos: ou é fácil demais ou é técnica demais (a correta é a segunda opção e vocês sabem disso). O som estava incrível, bem alto, coisa que poderia dar uma embolada, mas não percebi isso durante a apresentação da banda, que foi incrível, um show no qual muitos que ali estavam, irão lembrar por longos anos. Ah, vale destacar que, nessa hora, a quantidade de gente na casa aumentou, o que foi bom.

 

Partimos pra última troca de palco da noite e, eu esperava mais um belo pano de fundo, mas para vermos que agora seria o headliner da noite, o Stone Temple Pilots, somente o STP no bumbo do baterista Eric Kretz, o palco super simples e com uma iluminação bem controlada e, eu achei, bem escolhida também para o show, os irmãos De Leo (Dean na guitarra e Robert no baixo) e o vocalista Jeff Gutt entram em palco para um show que foi a celebração da banda que, mesmo tendo passado por várias trocas e tendo achado em Jeff um frontman incrível e que canta demais, tendo em diversos momentos o seu tom bem próximos ao vocalista original da banda. Com um setlist focado em seus lados B´s (obrigado pela informação Tarcísio), a banda fez uma apresentação competente, tocando muito bem e mostrando o porquê continuam sendo relevantes desde os anos 90 até hoje, sendo escalados como Headliners de um festiva como o Summer Breeze, por exemplo. Não vou negar que ao ouvir as clássicas (pelo menos para o Brasil) Plush, Big Empty, Interstate Love Song Sexy Type Thing foram executadas foi bem legal, mas no geral, pra quem é um fã da banda e acompanha com mais “afinco” a carreira deles, foi um show incrível, pra mim, somente legal, mas sim, valeu demais a pena tê-los visto em palco.

Como sempre, deixo aqui o meu agradecimento ao pessoal do Vivo Rio por nos receber sempre muito bem e à Agência OnStage, que sempre confia em nosso trabalho e nos dá a chance de ver eventos tão bem produzidos.

TODAS AS FOTOS E VÍDEOS POR CÉSAR OLIVEIRA – @takeaview