Olá, amigos! Biel Furlaneto na área e hoje viemos falar dessa banda que ao mesmo tempo que arrasa corações, manda aqueles hinos animadíssimos para você se sentir um super herói! Você provavelmente já sofreu ao som de “Always” ou “This ain’t a Love Song”, já suspirou ao som de “Ill Be There For You” e “In These Arms”, ou pelo menos já balançou seu esqueleto berrando os refrões de “Livin on a Prayer” e “its My Life”.
Hora de passar um pouco da primeira camada e ver o que mais Jon e sua turma tem a nos oferecer.
Stick To Your Guns – Presente no clássico “New Jersey” (1988) até faz algum barulho, mas sofre no meio da avalanche de mega hits do album (das 12 faixas, 7 pelo menos são hinos absolutos da banda). Traz o que a banda oferece de melhor: começo voz e violão, vibe meio country quando de repente vem a porrada no refrão, voz rouca e potente do Jon com os backin sempre excelentes de Richie e David, solo viajante…Satisfação garantida
Blame It On The Love Of Rock & Roll – Mais um caso de musica escondida no meio de vários hinos do hard rock. La no final do album Keep The Faith (1992), apresenta um rock bem alegre, no estilo de “Ill Sleep When I Dead”. Aqui nota se bem os teclados de David, a bateria de Tico não decepciona e faz uma bela cozinha com o baixo de Alec. Refrão em coro como só eles sabem fazer. Chiclete total
We Weren’t Born To Follow – Você pode estar falando agora: “Po Biel, mas essa é famosa”. Pois é, eu sei. Mas eu queria convidar você amiguinho que anda de chapéu de cowboy e calça de couro e brada ao mundo que a banda acabou no These Days. Sim, existe vida após a “morte”. Um dos grandes exemplos é o primeiro single de “The Circle” (2009). Uma musica animada, com uma letra encorajadora como outrora. É uma sonoridade mais moderna, mas voce ainda tem o Jon em grande forma, ainda tem um solo espetacular do Richie Sambora, ainda tem Tico Torres, ainda tem David Bryan, ainda tem Hugh McDonald. Que tal dar uma chance?
My First Guitar – Presente no último álbum lançado pela banda (Forever, 2024), é uma declaração de amor de Jon ao rock n roll e a tudo o que ele lhe proporcionou através desses mais de 40 anos de estrada. Uma musica mais calma, que foge um pouco da “água com açúcar” que vinha sendo retratada nos últimos trabalhos da banda (por sinal, Forever é o melhor trabalho da banda em alguns anos, não que isso signifique tanto assim). Quanto a musica em si, Phil X, que substitui Richie a mais de uma década (2013) faz um belo solo, enquanto os teclados de David continuam inconfundíveis. Já tiveram refrões mais inspirados? Certamente, mas nota se o tom de emoção e gratidão de Jon ao cantá-lo, e isso as vezes vale mais do que um refrão de arena.
Captain Crash & The Beauty Queen From Mars – Se voce já foi em algum show da banda, como em 2010 (eu tava lá, o olho mareja só de lembrar) provavelmente voce tenha ouvido essa música, e existe uma chance de voce ter pensado em “que musica é essa?” Se voce não foi, ou se não tem tanta familiaridade assim com a banda, provavelmente voce realmente não conheça. O que temos aqui é uma história de amor daquelas bem bobinhas, mas ao mesmo tempo encantadoras. Sabe aquela musiquinha de fim de tarde? Ou aquele som que voce quer mandar pra sua amada para mostrar que voces juntos são maiores do que tudo? Ta aqui! Está presente no album Crush (2001), que conta com o que provavelmente seja o último grande hino da banda, “It’s My Life”, que ofusca todo o resto.
If That’s What It Takes – O album “These Days” (1995) é considerado por muitos como o amadurecimento definitivo da sonoridade da banda, e isso fica evidente nessa música. Não se vê muitos exageros vocais, o solo é muito mais sóbrio, a balada não é mais “power”, mas ainda carrega um tom dramático consistente que faz com que essa seja uma das musicas mais lindas de um album que é inteiro lindo.
My Guitar Lies Bleeding In My Arms – Falando em maturidade, no mesmo álbum que a musica anterior, essa é absurda! Um clima denso, sofrido, com uma letra que mostra bem o desespero de alguém que simplesmente está entregue. Enquanto a musica se desenrola, o crescimento do instrumental casa perfeitamente com o aumento no tom de voz, terminando com um solo de guitarra maravilhoso. Em 1995 nada, ou quase nada, era maior do que o Bon Jovi.
The Hardest Part Is The Night – É meio que consenso dizer que “7800° Fahrenheit” (1985) é um dos álbuns menos lembrados (talvez menos inspirados também) do Bon Jovi até 2001. Acho ele um álbum com seus bons momentos, como nessa faixa. Um teclado marcante, um solo maravilhoso, a voz de Jon sempre foi muito boa. A cama de teclados pela música me lembra um pouco “Burning Heart” do Survivor. Os coros no refrão já estão ali. Deveria ser mais mencionada.
Last Man Standing – Um rock diferente do que a banda faz. É algo mais rápido, lembrando um pouco até bandas ali do pop punk / emo dos anos 2000 (O que faz sentido, já que o album “Have a Nice Day” é de 2005). Claro que na hora de separar os homens dos meninos de franja, Richie Sambora aparece tirando um solo magico do bolso e desequilibra o jogo para os a essa altura veteranos de New Jersey. É uma boa musica que mostra mais uma vez que existe vida pós 1995.
Shot Through The Heart – Quando voce lê o nome dessa música, você já pensa em “You Give Love a Bad Name” né? Presente no album de estreia (“Bon Jovi”, 1984), é basicamente uma irmã de “Runaway” (musica que carrega o album nas costas para muitos). É o mesmo andamento: Uma musica animada com teclado sobressaindo, solo de guitarra rápido e ao mesmo tempo com muito feeling. Vale muito a pena dar uma chance.
BÔNUS TRACK
Jon Bon Jovi e a trilha sonora de Young Guns II
Em 1990, Jon se afastou momentaneamente da sua banda e lançou o seu primeiro album solo, intitulado de “Blaze of Glory”, que foi inspirado filme Young Guns II (Jovens Demais Para Morrer), onde inclusive Jon faz uma ponta no final.
Certamente você conhece a música “Blaze of Glory” e provavelmente voce conheça “Miracle”. Mas acredite, tem muito mais além desses dois petardos no album. Desde a animadíssima “Billy Get Your Guns” que abre o album, passando pela reflexiva “Santa Fe” e terminando com a fúnebre e emocionante “Dyin’ Ain’t Much Of a Livin’” (Lembrando que depois dessa vem Guano City para encerrar o album, mas que é apenas uma vinheta).
O álbum mostra um Jon inspirado, com musicas excelentes e participações de peso como Elton John e Jeff Back. Claro que ficamos muito felizes em ver que logo depois ele já retornou para a banda e continuou a vida, mas dada essa pequena amostra, não dá para não pensar no quão espetacular seria uma continuação do vocalista em carreira solo naquele momento.
É isso amigos!
Gostaram? Não gostaram? Qual a proxima banda que voces querem ver aqui?
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