Aniversariante do dia: Siege Of Hate – Animalism (16/06/2013)

Terceiro álbum de estúdio da banda fortalezense, cearense, brasileira, Siege of Hate.

Texto por Alex Melo

A denominação de cidade, estado e país é só pra mostrar o tamanho do orgulho de ter uma banda dessas na minha cidade. Banda que me faz recordar o fim dos anos 90, época em que ela foi criada como projeto paralelo de alguns integrantes das bandas Insanity e Obskure. Como frequentador do underground cearense naquela época – e diga-se de passagem, a melhor época – eu cheguei a ver bandas que deixaram seus nomes bem gravados na cena Metal de Fortaleza. Lembro bem de, numa dessas ocasiões, estarem o S.O.H e a Lost Valley (banda de Heavy Metal Melódico que depois mudou o nome para Alliance) escaladas para um Festival. O clima sempre foi amistoso entre as bandas de Fortaleza, era como uma grande família metálica. Em determinado momento, no backstage, Bruno Gabai, vocalista/guitarrista da S.O.H. passa chamando o vocalista da Lost Valley, em falsete: “Rildevaaaaar“. Rildevar olha pra ele e chama “Gabai” com um vocal gutural. Plena demonstração de camaradagem quando cada um imita o vocal do outro. E era esse clima que dominava a cena underground cearense no final da década de 90.

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Passei um bom tempo afastado dos festivais, mas há uns três anos atrás resolvi prestigiar o Garage Sounds, um evento de peso com quase 13 horas de som e não sei quantas bandas envolvidas, talvez umas 60. Entre as bandas que eu queria ver e rever eram a Facada e o S.O.H. Meu Deus! Aquilo era a trilha sonora do fim do mundo. Cada uma mais porrada que a outra. Curti cada segundo, do meu jeito mesmo, parado em frente ao palco com um braço cruzado no corpo e o outro levantado com a mão no queixo. Nunca fui de agitar, bater cabeça ou entrar no mosh. Pouquíssimas vezes fiz isso. Gosto de ficar olhando a presença de palco da galera e sentido as pancadas do som batendo no corpo enquanto a zuada entra no ouvido e libera a seretonina. É um prazer dos diabos!
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Bem, depois do show acabei ganhando o CD Animalism dos amigos do blog Thunderblue e fiquei com cara de retardado olhando o presente. Fui pra casa e custei um pouco a dormir, porque o zumbido ainda estava alto nas “oiças”. No dia seguinte a cabeça ainda martelava, mas foi só eu lembrar do CD, que a vontade de ouvir mais barulho chegou. Coloquei o CD no aparelho de som e lá fiquei eu parado, como de costume, com uma mão no queixo, a testa franzida e os olhos vagando de um lado pro outro como se quisesse achar uma resposta para aquele som. Fiquei tentando assimilar aquela avalanche sonora com elementos de Death Metal, Punk, Hardcore e o escambau, tudo fundido num metal pesadíssimo chamado Grindcore.
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O impacto foi grande, apesar de curto. São 14 músicas em quase 28 minutos. A maioria das músicas não passa de 2 minutos e é uma porrada atrás da outra. Talvez fique mais fácil pra mim se eu citar as que menos me chamaram a atenção: Dissonance e Vida e Morte, mesmo que elas não diminuam em absolutamente nada o brilho do disco. Animalism é uma verdadeira aula de brutalidade, força, violência e crueldade musical com seus ouvidos! Um ditado bem cearense vem muito a calhar: “Quem não aguenta, bebe água!”.

Minhas favoritas são: Grinding Ages, Catharsis, The World I Never Knew, Live Hard Die Harder e Beware What You Wish.
Porrada nas “urêia”!

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Faixas:
1. Grinding Ages
2. Turmoil
3. Catharsis
4. The World I Never Knew
5. Waiting for What
6. Hypochrist
7. Life Rules
8. Live Hard Die Harder
9. Beware What You Wish
10. Repelling Rumors
11. Individual Community
12. Dissonance
13. Real Ties
14. Vida e Morte
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⭐⭐⭐⭐⭐