Nesse ano, os americanos do Wilderun nos surpreenderam com o lançamento do quarto disco da banda, Epigone chegou no início desse ano e já mostrou que o Wilderun não está aqui para ficar parado, já que, mesmo sem poderem ter curtido o lançamento do aclamadíssimo Veil Of Imagination, a banda resolveu “seguir a vida” e preparou esse maravilhoso disco, nas palavras do próprio Evan Anderson Berry (guitarrista e vocalista), a banda sentiu um gosto de féu, pois depois do lançamento de Veil Of Imagination e receberem toda a aclamação do público em geral, eles não conseguiram apresentar o disco ao vivo, que, para o próprio Evan seria o encerramento da caminhada do disco. Eles fizeram 6 ou 7 shows, somente, divulgando o disco, tendo como destaque a apresentação da banda no Cruzeiro 70.000 Tons Of Metal, festival Cruzeiro que acontece(ou acontecia né…), todos os anos, saindo dos Estados Unidos e logo depois entramos nessa pandemia.
Evan nos disse que, como já esperamos, suas influências vinham muito do Opeth(ele mesmo ao falar da banda, deu aquele clássico sorrisinho de canto de boca… rsrs), mas que, bandas como Dream Theater e as mais clássicas, como Yes, Jethro Tull entre outras bandas de Rock Progressivo sempre fizeram muito parte da vida dele, já que, seu pai mesmo o colocava pra ouvir esse tipo de som e depois, ao crescer, ele foi entrando no lance mais extremo, com os amigos, a ouvir mais Death e Black Metal, entre TODAS AS ASPAS possíveis, o caminho clássico de todos nós…
Conversamos bastante sobre a composição do disco, que de acordo com o próprio Evan, um dos sentimentos mais proeminentes no novo disco é esse sentimento de não finalização, de que um ciclo estava incompleto, a frustação. E infelizmente isso pautou um pouco o caminho de composição de Epigone e eles conseguem te passar essa frustação de forma incrível, já que, ao começar a ouvir o disco, a primeira faixa, Exhaler é bem folclórica e no final, a Guitarra meio que ameaça entrar e, como sempre, esperamos que a próxima música venha começando “na porrada”, mas não, Woolgatherer começa, de novo, com uma pegada mais Folclórica e aí sim, vem o peso e Evan nos explicou que é um jeito deles nos passarem a frustação e também de nos tirar um pouco da zona de conforto, outra coisa que Epigone aborda bastante, em seu conceito lírico.
Epigone é um passo amargo, pelo que podemos perceber em nosso bate papo com Evan, já que não ter realmente finalizado a tour de Veil Of Imagination, por conta da pandemia da COVID-19 no qual vivemos foi um banho de água fria para eles e o colocou pra pensar, de acordo com as suas próprias palavras, a repensar o porquê ele escolheu ter virado músico, que antes ele estava, no automático, as pessoas perguntaram o que ele fazia e ele dizia: “Ah, sou músico, eu toco e componho.”, mas agora, tendo esse tenso, ele deu um “passo para trás” e repensou se era esse o seu caminho, se era realmente isso que ele e seus companheiros queriam fazer e continuar fazendo, então a proposta em Epigone é te levar para essa reflexão, te fazer rever e repensar se você não está vivendo no “automático” ou se esse realmente é e continua sendo caminho no qual você quer seguir.
E fazendo a clássica pergunta que gostamos de fazer ao entrevistado, Evan nos contou que realmente não tem muito conhecimento da Música Brasileira, mas que ele fica muito feliz, em saber que no Brasil o cenário do Metal é bem forte e deixou o recado que quer vir tocar por aqui, então…
Epigone está disponível em todas as plataformas digitais e nós resenhamos o disco, aqui, então dê uma checada e conheça esse discaço do Wilderun.