A banda estadunidense está vindo ao Brasil pela primeira vez. Se você quer ir ao show e não sabe o que esperar, vem comigo, pois irei te explicar.
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Considerados por muitos (e por mim também), uma das grandes revelações do Prog Metal Mundial, o Between The Buried And Me está na ativa há 20 anos e, 11 discos depois, essa é a primeira vez que a banda irá vir ao Brasil para uma única apresentação, a se realizar na Fabrique Club, no dia 15 de março desse ano, com abertura do John Wayne. Tenho quase certeza que uma revisitada à sua discografia seria muito interessante, mas antes, eu tive a chance de trocar uma idéiazinha, de leve, com Tommy Rogers, tecladista e vocalista da banda, sobre a vindoura tour. Dá uma lida primeiro nesse pequeno bate papo e, depois, vamos esmiuçar essa discografia, desde o The Silent Circus até os Automatas.
HEADBANGERS BRASIL: E aí Tommy, obrigado pelo seu tempo, você tem alguma curiosidade entorno do Brasil?
TOMMY ROGERS: Nós estamos juntos a 20 anos e finalmente estamos indo ao Brasil. Nós sempre tivemos respostas ótimas do pessoal aí e agora vamos ver como isso vai funcionar ao vivo.
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HB: Vocês tem uma carreira incrível. Vocês poderiam nos citar 5 momentos importantes pra vocês?
TR: É sempre difícil escolher esses momentos, porquê vai depender do momento da vida que você está passando, mas, eu vou com esses aqui.
- A primeira vez que assinamos com uma gravadora, em 2001. Não sabíamos que tinham interesse na gente, ou não, mas isso nos mostrou que poderíamos ser uma banda.
- As turnês com o Dream Theater e Opeth. Duas das nossas bandas favoritas e tocar naqueles locais gigantes foi muito importante pra gente.
- Ser nomeado e ir a um Grammy. Cara, nunca pensei que isso um dia poderia acontecer.
- Ser capaz de comemorar um aniversário de 20 anos da banda, podendo fazer shows e lotando casas sendo a única banda da noite. É louco saber que a gente conseguiu chegar nesse ponto.
- OZZFEST 2006. Foi um momento imenso tocar nele e acabou sendo uma experiência muito ruim para nós. Por causa disso, aprendemos muito sobre nós mesmos como banda e o que não queremos alcançar. Realmente nos mostrou que ser nós mesmos era o caminho a seguir, porque outras rotas são muito complicadas.
Vocalista do Between The Buried And Me em ação.
HB: Podemos esperar clássicos no show?
TR: Com certeza, mas isso vai depender pra quem você perguntar.
HB: Manda um recado para o pessoal aqui no Brasil e deixa um convite para o show do Between The Buried And Me.
TR: Nós estamos muito, muito empolgados de finalmente tocarmos no Brasil. Estamos esperando para ver os rostos de vocês do palco. Até!!
E pronto, depois desse bate papo leve e incrível, vamos lá. O primeiro disco, lançado em 2002 é disco homônimo da banda e, sendo o pontapé inicial, temos um som mais crú, demonstrando já uma banda bem certa do que ela quer passar pra gente. Um bom som desse disco é What We Have Become.
No próximo ano a banda vem com uma maravilha chamada The Silent Circus e ela mantém a sonoridade caótica, mas sempre bem estruturada, com tempos loucos e variações ótimas, tudo isso com muito peso. Nesse disco, não tenho como não deixar aqui pra vocês ouvirem Mordecai, um som que continua mostrando que a banda tem muito mais a nos oferecer.
Depois de dois anos, o Between The Buried And Me lança Alaska e aí a banda começa a aparecer mais pro mundo e seu “circo” sonoro vai quebrando barreiras, eu poderia deixar muita música pra exemplificar esse disco, mas acho que nada é melhor do que a faixa título Alaska poderá fazer vocês sentirem a evolução dos caras.
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Depois do Alaska, eles lançam um disco de covers, com versões de clássicos do Rock e Heavy Metal, músicas essas que os inspiraram a serem o que eles são. Esse disco de covers é incrível e eu deixo aqui como curiosidade para vocês verem o que eles fizeram com diversas bandas. The Anatomy Of é o nome do lançamento e, pra ele, nada como Blackened, cover do Metallica vai explicar como o disco é incrível.
Depois desse lançamento, eles lançam aquele que, pra mim, é o melhor lançamento deles. Lógico que, depois desse disco, eles vieram com muita coisa boa, mas Colors mostra um Between The Buried And Me amadurecido, com uma gravação maravilhosa. O som deles tem forma e é a partir daqui que temos a principal fórmula para manterem a qualidade que eles tem até hoje. Mas, se vocês acham que, por terem uma fórmula, eles a seguem à risca? Achou errado. Em Colors eu não tenho como indicar uma música, então ouçam o disco inteiro!!
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Depois do Colors, eles lançam seu primeiro disco ao vivo, o Colors Live e é incrível. Eles tocam o disco na íntegra e mais músicas de seus discos passados. Pra não me alongar mais, eu vou falar pra vocês, a banda não para de lançar. Aí vem o The Great Misdirect e a música Obfuscation é uma bela música. Depois desse lançamento, eles tem dois álbuns, que pra mim, são bem mais ou menos. O EP The Parallax: Hypersleep Dialogues, lançado em 2011 e o The Parallax II: Future Sequence são histórias linkadas e bem interessantes, mas musicalmente, foi o momento menos criativo da banda.
Mas isso fica ali, quando eles vem com o maravilhoso Coma Ecliptic, de 2015, um disco incrível e que faz o Between The Buried And Me retornar a sua genialidade, vista desde o início de sua carreira e que eles estavam meio que, “perdendo”. Coma Machine, música que abre o disco é um deleite sonoro. Recentemente, em 2018, a banda lançou dois EP´S, o que os fãs chamam de Automatas, pois eles são divididos em duas partes, em cada uma delas, mostrando uma banda completamente diferente da outra, uma mais pesada e direta, no outro, algo mais solto e livre pra compor, incríveis. Não vou citar música dos “Automatas” pois eles merecem uma atenção maior. Eles ainda tem, além do Colors Live, o ao vivo Future Sequence: Live at Fidelitorium, lançado em 2014, o Coma Ecliptic: Live, lançado em 2017.
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Eles com certeza são uma banda que ainda atingiram níveis muito maiores. Ouçam essas dicas (clicando nos links), se deixem “agarrar” pela sonoridade do Between The Buried And Me e viagem pela qualidade sonora dessa banda estadunidense ímpar.